Bem Vindo

- Com esta série não é pretendido fazer história, mas sim é visado, ao lado das imagens, que poderão ser úteis aos leitores, a sintetizar em seus acontecimentos principais a vida da Cidade de Porto Alegre inserida na História.

Não se despreza documentos oficiais ou fontes fidedignas para garantir a credibilidade; o que hoje é uma verdade amanhã pode ser contestado. A busca por fatos, dados, informações, a pesquisa, reconhecer a qualidade no esforço e trabalho de terceiros, transformam o resultado em um caminho instigante e incansável na busca pela História.

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- Em História, não podemos gerar Dogmas que gerem Heresias e Blasfêmias e nos façam Intransigentes.

- Acompanhe neste relato, que se diz singelo; a História e as Transformações de Porto Alegre.

Poderá demorar um pouquinho para baixar, mas vale à pena. - Bom Passeio.

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terça-feira, 31 de julho de 2012



Barão do Gravataí e
Baronesa do Gravataí

- Um casal que brilhou nos salões da sociedade porto-alegrense na segunda metade do século XIX.
Eles receberam os títulos das mãos do próprio imperador D. Pedro II. E cada um fez por merecer o presente do Imperador.
Nota:
Os títulos de nobreza não passavam de pai para filho, nem se estendiam de marido para mulher. Eram títulos individuais, conquistados por méritos pessoais dos homenageados, ou por especial simpatia do soberano.

João Batista da Silva Pereira recebeu o título de “Barão do Gravataí” por um motivo especial, que daqui a pouco você vai ficar sabendo.
O mesmo aconteceu com a sua esposa, Maria Emília Pereira, que um dia se tornou “Baronesa do Gravataí”, por seus próprios méritos, e não por ser esposa de um barão.

João Batista da Silva Pereira (Braga, 15 de janeiro de 1797 — Porto Alegre, 09 de agosto de 1853), foi um industrial brasileiro.

Barão do Gravataí

Por volta de 1823, chegou a Porto Alegre o português João Batista da Silva Pereira, natural da cidade de Braga (Portugal), alto, claro, de cabelos pretos, bem disposto, homem dotado de extraordinária energia e grande tino comercial.

Chegou pobre, e logo começou a trabalhar. Naquele tempo, a margem do Guaíba se estendia ao longo do Caminho do Belas (atual Avenida Praia de Belas).
Foi ali, na altura onde hoje se encontra o Colégio Pão dos Pobres, que montou um modesto estaleiro.

De início, fazia pequenos barcos para navegação fluvial. Mais tarde, chegou a construir grandes embarcações, que atravessavam o Atlântico levando os produtos rio-grandenses e trazendo especiarias das Índias.

Em abril de 1823, João Batista da Silva Pereira casou com dona Maria Emília de Menezes, moça de tradicional família açoriana radicada em Rio Pardo.

Em 1826, construiu o palacete que viria a ser conhecido mais tarde como o solar da Baronesa do Gravataí.

Ao fundo o grande Solar da Baronesa
Areal da Baronesa - 1860

Com o passar do tempo, João Batista da Silva Pereira foi comprando grandes lotes de terra nos arredores de sua mansão, até formar uma enorme chácara, com as dimensões de um verdadeiro bairro. Esta foi a origem do Arraial da Baronesa (ou areal).

Apesar da riqueza e da posição social conquistadas, João Batista da Silva Pereira nunca se mostrou um homem egoísta.

Durante a Revolução Farroupilha, deu uma prova de sua generosidade quando o Barão de Caxias era presidente da Província, emprestou uma grande soma de dinheiro ao governo, sem cobrar juros.
E dispensou os agradecimentos, pois considerava aquilo uma retribuição à sua pátria adotiva.

Tão extensa se tornou a propriedade, que nem mesmo o dono tinha pleno domínio sobre suas terras. Grande parte era coberta por pomares e hortas cultivadas.
Mas havia um trecho que se mantinha em estado natural. Ficava mais ou menos onde hoje se situa a Rua João Alfredo.

Naquele tempo, o Arroio Dilúvio ainda não corria em linha reta em direção ao Guaíba. Na altura da Ponte de Pedra, ele fazia uma curva e ia desembocar para os lados da Volta do Gasômetro, passando por toda a extensão da Rua da Margem (por acompanhar o curso natural da margem do arroio), que viria ser mais tarde a Rua João Alfredo.
Esse ponto de vasta propriedade de João Batista da Silva Pereira era dominado por um denso matagal. Havia ali uma grande variedade de árvores nativas: - pitangueiras, goiabeiras, laranjeiras, bananeiras e outras que davam frutos comestíveis o ano todo. Além disso, naquelas terras podia-se também pescar e caçar pequenos animais. Enfim, era um recanto com frutas, caça, pesca e água potável. Tinha de tudo para garantir a alimentação de quem ali resolvesse morar.

Foi nesse verdadeiro refúgio natural que os escravos fugidos acabaram encontrando um lugar ideal para se esconder. Ali eles podiam sobreviver, longe do alcance dos capitães-de-mato (caçadores do escravos).
Mas além das frutas, caça, pesca e água potável, os escravos ali escondidos precisavam de roupas e de outros bens. Começaram a assaltar as pessoas que por ali passavam. Conhecendo cada palmo do terreno, eles costumavam atacar de surpresa e logo sumiam no meio dos matagais.
O lugar passou a ser conhecido como “Emboscadas”.
Os escravos fugidos armavam tocaias, esperando as vítimas às escondidas.

Na parte mais nobre das terras de João Batista da Silva Pereira, a vida continuava no esplendor dos salões festivos, das reuniões políticas e dos encontros de negócios.

Em 1845, no final, quando aqui estiveram o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Dona Theresa Cristina, na primeira visita oficial a cidade, foram regiamente recebidos por João Batista e dona Maria Emília.
Por insistência do casal, os soberanos hospedaram-se no Solar da Baronesa. E foram tratados com tanta fidalguia, que o imperador resolveu agraciar o dono da casa com um título de nobreza.


João Batista da Silva Pereira era comendador da Imperial Ordem de Cristo e da Ordem da Rosa.

Em 29 de dezembro de 1852, João Batista da Silva Pereira foi agraciado com o título definitivo de “Barão de Gravataí”.
Assim João Batista da Silva Pereira recebeu o título de “Barão do Gravataí”.

Em 1852, João Batista da Silva Pereira foi comandante superior da Guarda Nacional de Porto Alegre. Prestou relevantes serviços na organização dos corpos auxiliares do exército por ocasião da guerra com a República Oriental do Uruguai.

Em 29 de dezembro de 1852, João Batista da Silva Pereira foi agraciado com o título definitivo de “Barão de Gravataí”.
Assim João Batista da Silva Pereira recebeu o título de “Barão do Gravataí”.

Em 1853, para espanto e surpresa geral, João Batista da Silva Pereira, 56 anos, morreu de repente, fulminado por uma inexplicável hemorragia. Era um homem ainda cheio de vigor. Sempre gozara de ótima saúde.
Foi, de fato, uma morte que pegou todos de surpresa. Até mesmo o Imperador.
Por ser um homem de profunda formação humanista, que sabia cultivar a gratidão, D. Pedro II sentiu-se no dever de levar um gesto de conforto a viúva Maria Emília de Menezes Pereira. E concedeu-lhe então o título de “Baronesa do Gravataí”.

Maria Emília de Menezes Pereira, viúva, com 44 anos, e sem experiência nos negócio, aos poucos foi perdendo o controle sobre o enorme patrimônio acumulado pelo marido. Tão grande era a riqueza por ele deixada, que ela nem sequer fazia idéia do quanto tinha.

Com o passar dos anos, o dinheiro foi ficando cada vez mais escasso. Os negócios estavam paralisados desde a morte do marido. E assim se passaram muitos anos, com despesas e mais despesas, e sem entrada de novos recursos.
Apesar de continuar proprietária de uma enorme extensão de terras, Dona Maria Emília já começava a sentir as amarguras de uma velhice marcada pelas privações. Cheia de dívidas, e sem ter mais a quem recorrer, ela passava os dias relembrando os tempos de esplendor, quando os salões do Solar da Baronesa serviram de palco para grandes encontros sociais, políticos e de negócios.

Pouco tempo depois, Dona Maria Emília sofreu ainda mais um duro golpe, um incêndio repentino tomou conta do solar. Enormes labaredas clarearam a noite do Arraial da Baronesa. E quando o sol tornou a surgir com o novo dia, só encontrou ali os restos calcinados dos velhos tempos de esplendor.

Solar da Baronesa
Cidade Baixa

Em 1879, Dona Maria Emília Pereira, “Baronesa do Gravataí”, aos 71 anos enviou à Câmara de Vereadores de Porto Alegre um pedido de licença para transformar sua imensa propriedade num loteamento. Junto ao pedido mandou um mapa detalhado, assinalando a divisão dos terrenos.

Foi a melhor forma que ela encontrou para vender seu valioso patrimônio e garantir um fim de vida mais tranqüilo.

Atendendo a solicitação da Baronesa, a Câmara de Vereadores atendeu a licença.
Um novo bairro ia nascendo com a demarcação dos lotes.
A parte da cidade baixa começou a ficar conhecida como Arraial da Baronesa (atual bairro Cidade Baixa).
Os dois nomes, muito semelhantes, quase iguais se perpetuaram na memória da cidade: Arraial da Baronesa e Areal da Baronesa.

Em 17 de marco de 1888, em Porto Alegre, morre dona Maria Emília Pereira, “Baronesa do Gravataí”, aos 80 anos, depois que suas terras foram transformadas num bairro, levando na memória os dias de esplendor e decadência do Solar da Baronesa.

Esse casal de nobres, depois de uma feliz vida em comum, continua até hoje unido na geografia de Porto Alegre. As ruas com seus nomes se cruzam numa esquina da Cidade Baixa: - Barão do Gravataí e Baronesa do Gravataí.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Homens, Comerciantes e Empresas
Porto Alegre
Situação das firmas na primeira década do século XX

Homens de Negócios, de Porto Alegre:
12) Alberto Bins;
8) Conrado A. de Campos Penafiel;
6) Dr. Victor Fischel;
3) Eduardo Secco;
13) Ernesto Neugebauer;
4) H. Brockmann;
18) João B. de Sampaio
2) João Day;
14) João Kappel Sobrinho
7) O falecido Jorge R. Petersen;
10) Juan Ganzo Fernandez;
1) L.C. Schneider;
16) Lucio Lopes dos Santos;
11) Major E. Arnt;
9) Manoel Py;
17) Oscar Augusto Schneider;
5) Sebastião de Brito;
15) Virgilio R. do Valle;

Comerciantes de Porto Alegre:
12) Antonio Francisco de Castro;
20) Antonio Rodrigues de Carvalho Junior;
19) C. Albino Sperb;
4) Capitão C. Booth;
16) Carlos Julio Becker;
3) Dr. Felisberto B. Ferreira de Azevedo;
26) Edmundo H. Teltscher Bastian;
9) Frederico H. Sperb;
7) Frederico Mentz;
25) Frederico Schmidt;
14) George Iken;
23) Gonçalo H. de Carvalho;
13) Gustavo Livonius;
6) O falecido H. Lüderitz;
5) H. D. Meyer;
18) Hemeterio Mostardeiro;
22) O falecido J. Guilherme Magnus;
24) O falecido João B. F. Azevedo;
1) João Pabst;
8) John Pätzel;
2) José Ferreira Porto;
11) José Salvador;
15) Julius Schröder;
21) Laudelino Fialho;
17) Nicolas Köhler;
30) Oscar Teichmann
29) Philip Edwards;
8) Philippe Ritter;
10) Raphael Arbos;

27) Tito Barbosa; 

Mostardeiro Irmãos e Cia.

- Desta importante casa, fundada em 1873 pelos srs. Antonio José Mostardeiro e João R. Lucheinger, são hoje sócios os srs. Hemeterio e Antonio Mostardeiro.
O negócio consiste na importação de modas e artigos de armarinho da Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos, os quais são vendidos por todo o estado do Rio Grande do Sul, por onde a firma traz 5 viajantes.
O giro anual da casa vai a Rs. 1.500:000$000; e o capital é de Rs. 600:000$000.
O prédio em que funciona o estabelecimento, e que pertence aos srs. Mostardeiro Irmãos & Cia., é avaliado em Rs. 200:000$000.

O sr. Hemeterio Mostardeiro é presidente da Associação Comercial de Porto Alegre; e o sr. Antonio Mostardeiro, diretor do Banco do Comércio e da Caixa Econômica.


Nicolau Köhlker e Filho

- Nascido na Alemanha, em setembro de 1834, o sr. Nicolau Köhler veio para o Rio Grande do Sul em fevereiro de 1851.
Depois de passar alguns anos na casa de seu irmão como empregado, passou a interessado.
Negociara então a casa em importação de fazendas e exportação de produtos bovinos. Vindo seu irmão a falecer, continuou o sr. N. Köhler com a casa, dedicando-se à importação de fazendas e representando diversas fábricas e negociantes europeus.

Em fins de 1883, mudou o seu negócio para Porto Alegre e, com algumas alterações na firma, continuou no mesmo ramo.
Ultimamente, têm as transações desta casa, tomado grande desenvolvimento, atingindo as vendas, anualmente, a mais de Rs. 1.000:000$000.

Até 1902, foram os seus dois filhos sócios da firma; naquela data, porém, o mais velho, sr. Luiz Köhler, retirou-se, para se estabelecer por conta própria, ficando então o mais moço, sr. Nicolau Köhler. A firma até hoje se conserva Nicolau Köhler & Filho.

Krahe e Cia.

- A firma Krahe & Cia., anteriormente Gundlach & Krahe, mantém uma casa editora de livros instrutivos e é importadora, em grande escala, de livros, papéis, artigos para escritório, pianos e músicas, brinquedos, objetos de arte e miudezas.
Foi fundada há 43 anos e gira com o capital de Rs. 100:000$000.
Os artigos são importados, na sua maior parte, da Alemanha e da Inglaterra.
A firma é proprietária dum bem montado estabelecimento de pautação e encadernação. O Annuario do Rio Grande do Sul e Koscritz Volkskalender são edições da casa.

Para propaganda dos seus negócios, têm os srs. Krahe & Cia. dois viajantes que percorrem os estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além de todo o estado do Rio Grande do Sul.
Na cidade de Cachoeira, pertencente a este último estado, há uma filial, sob a razão social de Martin Krahe; e na cidade de Pelotas, uma agência, a cargo do sr. Hermann Schroeter.

Os membros componentes da firma são os srs. J. F. Krahe, sócio-gerente, e dr. Constante Jepherson, advogado, comanditário.
O sr. J. F. Krahe nasceu em 1872 na Alemanha, onde fez os seus estudos e adquiriu a prática comercial. Vindo para Porto Alegre, em 1889, foi viajante de diversas firmas, durante alguns anos, pelo interior do estado.
Em 1898, entrou para a firma Gundlach & Cia. e dois anos depois adquiriu os negócios desta. O sr. Krahe é membro de diversas sociedades locais e se interessa vivamente pela avicultura e plantação de árvores frutíferas, para o que possui e cultiva a Quinta To-Hus, situada algumas léguas distante de Porto Alegre.


Strunck e Pätzel

- A firma Strunck & Pätzel é bem conhecida em todo o estado do Rio Grande do Sul. Importa fazendas de algodão da Inglaterra, Alemanha, Áustria, França, Bélgica, Itália e Suíça, todas compradas e despachadas pelos seus agentes em Hamburgo, srs. Fernando Krachadt & Cia.
A casa tem 5 viajantes que representam os seus interesses no estado. O seu giro anual é de cerca de Rs. 1.000:000$000.
Os sócios são os srs. Alfred Strunck e John Pätzel; e o capital empregado no negócio é de Rs. 400:000$000.
O sr. Pätzel nasceu e se educou em Hamburgo e veio para Porto Alegre em 1878. Durante 29 anos, foi empregado da casa Jacobi, e em 1897, de sociedade com o sr. Strunck, estabeleceu a casa atual.
O sr. Pätzel foi três anos cônsul da Dinamarca e da Suécia, e é agora diretor da Associação Comercial e diretor-gerente duma fábrica de meias.
É membro de todos os clubes locais e também presidente do Verband Deutscher Verein, de Porto Alegre.


Jung, Jacobi e Cia.

- Estabelecida há mais de 40 anos pelo sr. Roberto Jacobi, o qual agora reside em Hamburgo, esta firma faz grande negócio de fazendas por todo o estado do Rio Grande do Sul.
As suas mercadorias são importadas da Inglaterra, Alemanha, Suíça, Bélgica, França e Estados Unidos da América do Norte.
As compras são feitas pelo sr. Jacobi; e a firma só faz negócios na base de atacados.
A firma tem sete viajantes trabalhando por sua conta.

Os atuais sócios são os srs. Frederico Jung, Theodor Jacobi (filho do fundador) e Ernesto Jung.
Todos os sócios nasceram em Porto Alegre, mas foram educados e adquiriram prática comercial na Alemanha.
O sr. Theodor Jacobi passou também um ano em Manchester e, depois de servir no exército alemão, esteve um ano em Paris. Em 1900, voltou para Porto Alegre e se tornou sócio da firma.
É presidente do Club Germania e do Clube de Tênis Walhalla, e faz parte da diretoria da Associação Comercial.
Os srs. Frederico e Ernesto Jung também visitaram a Inglaterra e a França.
O primeiro entrou para a casa, como empregado, em 1898, e tornou-se sócio em 1900; o segundo tornou-se sócio em 1908.


Carlos Drügg e Cia.

- A firma Carlos Drügg & Cia., fundada em 1891 pelo seu ataual chefe, sr. C. Drügg, e tendo como comanditário o sr. Carlos Daubt, negocia com o capital de Rs. 300:000$000 e realiza anualmente um total de vendas superior a Rs. 800:000$000.
O estabelecimento, que funciona num prédio de propriedade do sr. A. Daubt, importa da Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica e América do Norte toda a qualidade de ferragens, óleos, tintas, miudezas, máquinas para agricultura, armas, munições etc., e tem em depósito diversos artigos de ferragens, fabricados no estado.

Para venda e propaganda dos seus produtos, emprega a firma seis viajantes que percorrem todo o estado.
O sr. Carlos Drugg nasceu em 1855, em Porto Alegre, onde foi educado e adquiriu a prática comercial.
É membro do Club Nacional de Tiro, por ele próprio fundado em 1906 e do qual já exerceu os cargos de presidente, vice-presidente e tesoureiro, este último durante cinco anos.


Franco, Ramos e Cia.

- Fundada há 60 anos pelo sr. Joaquim Caetano Pinto, passou esta casa por diversas mudanças de firma, até em 1896 se formar a firma atual de Franco Ramos & Cia., estabelecida à Rua 7 de Setembro, 94, e à Rua das Flores, 10.
Compõem esta o srs. Luiz de Nascimento Ramos, Adwaldo Franco e Almiro Franco, como sócios solidários, e José Maria Franco, como comanditário.
A firma negocia com o capital de Rs. 500:000$000 e o seu movimento anual vai além de Rs. 5.000:000$000.

Os srs. Franco, Ramos & Cia. são agentes gerais da Fábrica Sul Rio-Grandense, de Pedro Adamo Filho, de Nova Hamburgo, no estado do Rio Grande do Sul (calçados, arreios, artigos de viagem etc.).
Esta fábrica opera em todos os estados do Brasil, por intermédio exclusivo dos seus agentes gerais.
Os srs. Franco, Ramos & Cia., que também exportam erva-mate em grande escala, empregam, para o desenvolvimento de suas transações, comissões e propaganda dos artigos da fábrica Sul Rio-Grandense, oito viajantes que percorrem todos os estados. Para facilidade de embarque e desembarque de mercadorias em Porto Alegre, possuem um trapiche à Rua das Flores, 7.

O sr. Luiz de Nascimento Ramos nasceu em Porto Alegre, onde adquiriu a sua educação e prática comercial.
Faz parte do Conselho Fiscal do Banco da Província do Rio Grande do Sul e é membro da diretoria de diversas outras empresas.
O sr. Adwaldo Franco nasceu em Porto Alegre, onde se educou e fez a sua carreira comercial. Faz parte da diretoria da Praça do Comércio.
O sr. Almiro Franco nasceu em Porto Alegre, onde se educou e praticou o comércio.


A. Krall

- A agência em Porto Alegre da Hamburg Sudamerikanische e da Hamburg-Amerika Linie, serviço do Sul do Brasil, está a cargo, desde 1906, do sr. A. Krall, que veio substituir o antigo agente sr. M. Machlmann.

As duas importantes companhias alemãs mantêm um serviço regular entre Hamburgo e o estado do Rio Grande, havendo saídas mensais de Hamburgo, com escala pelos portos do Havre, Antuerpia, Leixões, Lisboa, Paranaguá, Desterro e São Francisco e sendo Rio Grande o ponto terminal da linha por não haver água suficiente para os vapores poderem seguir até Porto Alegre.
As mercadorias destinadas a este porto são transbordadas, em Rio Grande, em chatas apropriadas que são rebocadas pela Lagoa dos Patos, até o porto de destino.

A importação, que constantemente aumenta, provém em grande parte de Hamburgo e Antuérpia; mas são também importados gêneros ingleses em grande escala, com especialidade morins e outras fazendas, ferragens, folhas de ferro galvanizado etc. etc. A importância da colônia alemã de Porto Alegre é a razão do impulso das mercadorias alemãs e do progresso feito pelas linhas alemãs que visitam o Rio Grande do SUl.

Os principais gêneros de exportação são a cera, pedras de ágata, couros secos e salgados, crina, lã, e raras vezes fumo, pois que este produto obtém em Hamburgo preços muito inferiores aos pagos pela praça do Rio de Janeiro.
A maior parte dos couros salgados são exportados de preferência em navios de vela destinados para o Canal, à ordem.
Estes couros são embarcados em Pelotas e Rio Grande; e só as partidas que devem ser entregues a prazo fixo, no Havre ou Hamburgo, seguem em vapor.
Também se embarcam para Portugal pequenas partidas de farinha de mandioca, que é ali aproveitada para a extração do álcool.

As companhias de navegação hamburguesas são proprietárias duma grande frota de chatas e rebocadores para o serviço entre Rio Grande e Porto Alegre. Além destas embarcações, há outras apropriadas à descarga fora da barra do Rio Grande.
A descarga de mercadorias em Porto Alegre, que é feita para os trapiches, torna-se pouco dispendiosa e demorada.
O governo federal está atualmente em negociações para a construção de armazéns alfandegários e cais.

O agente, sr. A. Krall, nasceu em Erfurt (Alemanha), em 1870, praticou o comércio durante alguns anos em Londres, na Áustria e no estabelecimento bancário do sr. M. Love, em Innisbruck.
Fez o seu serviço militar na Alemanha e veio para Porto Alegre em 1896. E há 16 anos que presta os seus serviços às companhias alemãs.


Ervedosa e Danner

- Esta casa de drogas por atacado foi fundada há cerca de nove anos e passou às mãos dos proprietários atuais, os srs. J. B. Ervedosa e Eduardo Danner, em 1908.
O seu capital registrado é de R. 80:000$000; e o estoque do estabelecimento sobe a Rs. 120:000$000.

A firma importa toda a sorte de drogas e produtos químicos, que vende por todo o estado do Rio Grande do Sul; e é agente de vários preparados nacionais.
Têm também os srs. Ervedosa e Danner uma pequena fábrica, na qual preparam vários produtos.

O sr. Eduardo Danner educou-se na Alemanha e estudou química no seu país.
Em 1885, veio para Porto Alegre, como ajudante de farmácia; e onze anos depois assumiu a gerência dos negócios dos srs. Schröder & Cia.
Em 1898, associou-se com o sr. João Baptista Ervedosa, no atual negócio.

O sr. Ervedosa nasceu em Portugal e obteve o diploma de farmacêutico em 1888.
Veio, logo depois, para Porto Alegre, onde foi farmacêutico do hospital da Beneficência Portuguesa, durante um ano.
Por espaço de nove anos, foi sócio da drogaria Schröder & Cia.; e negociou depois, durante cinco anos, por conta própria, até que entrou, como sócio, para a casa atual.


Schröder e Cia.

- Esta casa foi fundada em 1850 pelo sr. Luiz Martel, francês, ao qual se associou Antonio Vicente Porto, português; e mais tarde, passou a ser propriedade do sr. Theod. O. Marquardsen.
Este contratou o atual chefe, sr. Julius Schröder, que, após alguns anos de empregado, comprou ao sr. Theod. O. Marquardsen a casa.
A firma foi, em 1892, mudada de Martel Vicente Porto para Schröder & Cia., sucessora de Martel Vicente Porto; e dela fazem parte atualmente os srs. Julius Schröder, com residência em Hamburgo, C. G. Altenbernd e Carlos Schröder Junior, residentes estes em Porto Alegre.

A firma possui duas farmácias e uma filial para a venda de instrumentos cirúrgicos, dentários e artigos fotográficos, e a matriz, em casa própria, sita à Rua Sete de Setembro, 108 e 110, todas nesta cidade.
A casa importa drogas e medicamentos da Europa e América do Norte; e fabrica preparados farmacêuticos, perfumarias etc., para o quê possui um bem montado laboratório, dirigido por um hábil farmacêutico-químico.

O sr. Carlos Altenbernd nasceu em 1858, na Alemanha, onde foi educado e adquiriu a prática comercial. Em 1883, veio para Porto Alegre e entrou, como empregado, para esta casa, da qual em 1892 se tornou sócio.
O sr. Altenbernd é membro das principais sociedades da cidade de Porto Alegre.


Christiano Felippe Fischer

- O sr. Christiano Felippe Fischer se estabeleceu com a Farmácia Fischer, em 1906, e desde logo obteve grande êxito.
O seu giro anual vai a Rs. 180:000$000 e o seu capital é de Rs. 100:000$000. As matérias químicas de sua importação provêm principalmente da Inglaterra, Alemanha, França e Estados Unidos.
Prepara também a casa muitos remédios, dos quais tem privilégio e que têm grande procura no mercado local.
O sr. Fischer é freqüentemente chamado pelo governo para fazer importantes análises químicas.

O sr. Fischer nasceu em 1868, em São Leopoldo, e recebeu o seu diploma em Ouro Preto (Minas Gerais) em 1889.
No ano seguinte, veio para Porto Alegre, como auxiliar da Farmácia Pasquier; e dois anos depois foi admitido como sócio.
Em princípios de 1906, estabeleceu-se por conta própria.
O sr. Fischer foi um dos principais fundadores da Faculdade Livre de Medicina de Porto Alegre, cujos diplomas são reconhecidos em todo o Brasil; e rege, na mesma faculdade, a cadeira de Química.


Antonio de Barcellos e Cia.

- Esta importante firma, importadora de fazendas, em Porto Alegre, foi fundada em 1867; dela são hoje sócios os srs. Antonio Soares Barcellos, J. Christian Wiltgen e Luiz Silveira Netto.

O sr. J. C. Wiltgen nasceu em 1870, em São Sebastião, Rio Grande do Sul; foi educado e adquiriu o seu tirocínio comercial em São Leopoldo.
Veio para Porto Alegre em 1888, entrando para a firma, como empregado, em 1895; foi feito interessado e sócio em 1897. Foi diretor da Praça do Comércio, durante cinco anos; faz parte dos principais clubes locais e é membro do Conselho Municipal, há três anos.


Nicolau Ely

- Esta conhecida casa de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, foi fundada em 1902 por Nicolau Ely, de nacionalidade brasileira.
As suas transações consistem na venda de tecidos e miudezas importadas diretamente das principais praças nacionais e estrangeiras.
Os escritórios e armazéns ficam em prédio próprio, à Rua Voluntários da Pátria, 10.

Antes de fundar o seu presente estabelecimento, foi o sr. Nicolau Ely sócio fundador e gerente da firma Ely & Cia., que existiu em Porto Alegre de 1887 a 1902 e tinha o mesmo ramo de comércio.
Na direção dos atuais negócios estão o proprietário e fundador da casa e seu procurador sr. Carlos Drügg Filho, auxiliados por pessoal competente.


J. G. Magnus

- Esta firma individual foi estabelecida em 1883 pelo sr. J. G. Magnus, hoje falecido, para o negócio de fazendas e miudezas, por atacado.
A casa, que tem um movimento anual de Rs. 500:000$000, importa diretamente da Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Bélgica etc. e vende para todo o estado, por onde traz dois viajantes, percorrendo as zonas do interior.

O sr. Magnus nasceu em Torres, estado do Rio Grande, em 1859.
Foi educado e praticou o comércio em Porto Alegre; e viajou por conta de diversas firmas da mesma cidade antes de se estabelecer por conta própria.


Grande Hotel

- Este hotel, montado com todo o conforto e de acordo com os princípios modernos de higiene, é propriedade dos srs. J. P. Bourdette e C. Cuervo.
O Grande Hotel tem 130 quartos e salão de jantar para 200 pessoas; tem também salão de visitas, sala de leituras, provida de todo o conforto, ótimas salas de banhos, frios ou quentes, banhos turcos e de vapor.
O hotel tem 25 empregados e em suas dependências existe um salão de barbeiro e outro de engraxates.
O estabelecimento é iluminado à luz elétrica, para o quê tem instalação própria, com ventiladores e estufas em diversas dependências.

No Grande Hotel têm se hospedado os viajantes mais ilustres, que depois da sua fundação, passaram pela cidade de Porto Alegre.
Entre eles se contam o marechal Hermes da Fonseca, por ocasião de sua eleição para presidente da República; o dr. Francisco Herboso, ministro do Chile; o senador Pinheiro Machado; o parlamentar e publicista italiano Enrico Ferri; os banqueiros franceses Fontaine e Lavaley e outros muitos.


Nieckele Irmãos

- A casa Nieckele Irmãos, estabelecida em Porto Alegre a 15 de setembro de 1910, teve por fundadores os srs. Carlos Nieckele Filho e Ricardo Louis Nieckele.
O seu primeiro negócio foi o de comissões, consignações e conta própria; ao registrar-se porém a safra de produtos bovinos, entrou a tratar da exportação de carnes para os portos do Norte, o que efetuou em grande escala, passando a ocupar lugar de destaque entre as casas congêneres.

Em 08 de junho do ano passado, faleceu um dos sócios, o sr. Carlos Nieckele Filho. Em liquidação, mas com o propósito de prosseguir, a firma continuou as suas transações e naquele mesmo mês foi crida a nova seção de Molhados em Grosso.
Em 30 de dezembro de 1911, retirou-se o sr. Herbert Nieckele, que, com o sr. Manoel Ignacio de Lacerda Werneck Filho, tinha procuração coletiva; e, por esta nova circunstância, ficou extinta a firma Nieckele Irmãos.

Sucedeu-lhe o sr. Ricardo L. Nieckele, único sócio sobrevivente e que continua com todos os negócios, constituindo também seu procurador o sr. Manoel Ignacio de Lacerda Werneck Filho.
A sede da matriz continua a ser na cidade do Rio Grande, com uma filial em Porto Alegre.

A firma representa atualmente as importantes casas e fábricas que se seguem:
Do Rio de Janeiro - Theodor Wille & Cia., Davidson, Pullen & Cia., Hsenclever & Cia., Louis Hermanny & Cia. e Mario Nazareth;
De São Paulo - Duprat & Cia.;
De Pernambuco - Silva Guimarães & Cia.;
De Porto Alegre - F. Decker & Filho e Gustav Livonius;
De Taquari - Sindicato Apícola Rio-Grandense;
De Hamburgo - Albert Winkelmann; de Cassel - Salzmann & Cia.; de Rüdesheim-a./Rhein - M. Beiderlinden; de Manchester - Merttens Co. Ltd.; de Bordeaux - Arthur Spann & Cia., les Fils de F. Schmidt;
De Nova York - K. Mandell & Cia.; de Longport - Thomas Hugues & Son Ltd.


José Mena

- Esta casa, fundada em 1880, em Livramento, começou a girar sob a razão social de Mena & Cia. e abriu uma filial na cidade de Cruz Alta.
Em 1890, abriu o sr. José Mena casa em Rio Grande, sob a sua firma individual; e há 14 anos que mudou essa casa para Porto Alegre.
O seu ramo de negócio é a importação de fazendas estrangeiras que vende, não só na cidade, como no interior do estado, por onde a casa traz, em constante serviço, três viajantes.


Luiz Voelcker e Cia.

- Esta firma, estabelecida em Porto Alegre, com loja de ferragens, tem por sócios os srs. Luiz A. Voelcker, Gustav Casper e a firma Bromberg & Cia.
O sr. Luiz Voelcker nasceu na Alemanha, em 1861. Veio para Porto Alegre em 1884, como empregado da casa Bromberg & Cia.; em 1892, fundou a sua presente casa de negócio.

O sr. Gustav Casper nasceu em 1860, na Alemanha, e neste país, como também na Itália e Bélgica, praticou o comércio durante sete anos.
Vindo para Porto Alegre em 1886, empregou-se na casa Bromberg & Cia. como guarda-livros, até 1895, quando entrou para a presente firma. Os srs. Voelcker e Casper são ambos membros dos principais clubes locais.


Augusto Greather

- Esta casa, que foi estabelecida pelo sr. Augusto Greather em 1884, com o capital de Rs. 80:000$000, importa livros, papel, objetos para escritório, brinquedos, quinquilharia, sementes etc., da Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Bélgica e Estados Unidos. A firma tem agências em Berlim, Milão e Paris.
Os seus negócios se estendem a todo o estado do Rio Grande do Sul, pelo qual a casa traz três representantes em contínuo serviço.
Mantém também uma sucursal em São Leopoldo. O giro anual da casa vai a cerca de Rs. 100:000$000.

O sr. Greather nasceu, educou-se e adquiriu a prática comercial na Alemanha. Em 1884, veio para Porto Alegre e estabeleceu o negócio atual.
É proprietário; e o prédio de sua residência, à Rua da Independência, é avaliado em Rs. 80:000$000.


Gustav Livonius

- O sr. Gustav Livonius se estabeleceu em Porto Alegre, na qualidade de agente geral, no estado, de diversas companhias de seguros, em 1886.
As companhias que o sr. Livonius representa são:
A Preussische National Versicherungs Gesellschaft em Stettin, seguros contra o fogo; Mannheimer Versicherungs Gesellschaft, em Mannheim, seguros marítimos; Northern Insurance Company Limited, com sede em Londres, seguros contra o fogo; Companhia Cruzeiro do Sul, no Rio de Janeiro, seguros de vida e contra acidentes.

O sr. Gustav Livonius é comissário de avarias de diversas companhias e representante da Verein Hambuger Assekuradeure, em Hamburgo, e do Comité des Assureurs Maritimes, de Paris.


Companhia Telefônica Rio-Grandense

- O serviço de comunicações telefônicas no estado do Rio Grande do Sul foi iniciado pela Empresa Industrial Construtora do Rio Grande do Sul, proprietária dos centros telefônicos estabelecidos nas cidades de Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, e bem assim dos privilégios concedidos pelas extintas Câmaras Municipais das três cidades, constantes dos contratos que adquiriu.
O da cidade de Porto Alegre é datado de 8 de março de 1884 e o da do Rio Grande de 27 de maio de 1885, ambos por 15 anos; e o da de Pelotas é datado de 13 de outubro de 1886, por dez anos.
Todos esses privilégios foram aprovados pela Assembléia Legislativa da antiga província.

Para comprar o acervo daquela empresa, organizou-se em Pelotas, a 24 de maio de 1895, uma sociedade anônima de responsabilidade limitada, sob a denominação de Empresa União Telefônica, com o capital de Rs. 500:000$000, que foi, mais tarde, elevado a Rs. 600:000$000.
Esta sociedade continuou explorando, sem concorrentes, os serviços de sua antecessora nas três cidades acima mencionadas, até que, tendo já há muito expirado o prazo do privilégio que possuía, o coronel Juan Ganzo Fernandez, proprietário de diversos centros telefônicos em várias localidades do estado, obteve em 1906, da Intendência Municipal de Pelotas e da de Rio Grande, concessões para instalar centros telefônicos nessas duas localidades.

Estabelecidos tais centros e após um ano de funcionamento, solicitou a Sociedade concessão para instalar um novo centro na capital do estado. Havendo o coronel Ganzo Fernandez, para continuação desse e outros negócios, organizado a firma Ganzo, Durruty & Cia., iniciou, em 1908, as obras do centro telefônico de Porto Alegre, para as quais, no ano anterior, obtivera concessão do governo desse município.

Em maio desse ano, incorporou-se à mesma firma a Companhia Telefônica Rio-Grandense, que em 15 do mês seguinte ficou definitivamente instalada, e tomou a si todos os negócios da seção de telefones pertencentes a Ganzo, Durruty & Cia. O capital da nova companhia, em seu início, era de Rs.1.100:000$000, quantia que, em virtude de resolução da assembléia geral realizada em 15 de abril do corrente ano, foi aumentada para Rs. 1.300:000$000.

Para fazer face às despesas resultantes do acréscimo de suas instalações primitivas, contraiu ela um empréstimo de Rs. 500:000$000, em obrigações ao portador, ao juro de 8%. Tendo posteriormente feito aquisição da Empresa União Telefônica, emitiu um segundo empréstimo de Rs. 800:000$000 nas condições do precedente.

Com a realização dessa compra, está a Companhia Telefônica Rio-Grandense unificando o serviço nas localidades em que existem dois centros telefônicos, de forma que, presentemente, estão funcionando os seguintes, de acordo com diversos privilégios e concessões municipais:
Porto Alegre, Pedras Bancas, Barra do Ribeiro, Itapoã, Belém, Tristeza, Canoas, Pelotas, Piratini, Monte Bonito, Cascata, Capão do Leão, Rio Grande, Povo Novo, Quinta, Ilha dos Marinheiros, Ilha do Leopídio, Cassino, São Leopoldo, Retiro, Nova Hamburgo, Santa Cruz, Vila Tereza, Rio Pardinho, Ferraz, São João do Montenegro, São Sebastião do Caí e São Lourenço.

Também de conformidade com as concessões que lhe foram dadas pelo governo do estado do Rio Grande do Sul, fez a companhia construir e estão funcionando as seguintes linhas intermunicipais:
Porto Alegre e São Leopoldo, 6 linhas, 33 quilômetros cada uma; Porto Alegre a Canoas, 2 linhas, 14 quilômetros cada uma; São Leopoldo a Caí e Montenegro, 2 linhas, 44 quilômetros cada uma; Pelotas a Rio Grande, 10 linhas, 65 quilômetros cada uma; Pelotas a Piratini, 1 linha, 63 quilômetros; Pelotas a São Lourenço, 5 linhas, 90 quilômetros cada uma; Santa Cruz a Venâncio Aires, 1 linha, 40 quilômetros; Santa Cruz a Poço do Sobrado, 1 linha, 20 quilômetros; Pelotas a Capão do Leão, 4 linhas, 17 quilômetros cada uma.

O centro de Porto Alegre, a subestação de Navegantes, nesta cidade, e os de Pelotas, Rio Grande, São Sebastião e Monte Bonito estão instalados em prédios da companhia, tendo sido o primeiro deles especialmente construído para esse fim e os demais convenientemente adaptados à natureza de tal serviço.

Na central que a companhia possui em Porto Alegre, funciona uma mesa múltipla, Siemens & Halske, de bateria central, com capacidade para 10.000 assinantes.
Existe um distribuidor primário, de ferro, também para 10.000 subscritores; 2 baterias de 12 acumuladores cada uma; e diversos dínamos, funcionando junto a motores, para carregar baterias e produção de luz.

Desta central, partem 25 cabos subterrâneos, os quais, por sua vez, na área da cidade em que a população é mais densa e em lugares mais adequados, se subdividem em outros, numa extensão de 42 quilômetros.

Na central de Pelotas, funciona uma mesa Siemens & Halske, a indutor múltiplo, de linhas duplas, para 1.600 subscritores e com capacidade para 3.000 linhas; na do Rio Grande, uma mesa Siemens & Halske, a indutor múltiplo, de linhas duplas, para 1.200 subscritores, com capacidade para 2.000 linhas; nas de São Lourenço, Santa Cruz, Montenegro, São Leopoldo, Ilha dos Marinheiros e Nova Hamburgo, mesas Standart, de 100 linhas duplas; nas do Capão do Leão, Monte Bonito e Povo Novo, mesas Standart, de 50 linhas; nas de Quinta e Cassino, mesas de 30 linhas; nas de Tristeza, Belém e Canoas, mesas de 25 linhas; nas de Vila Tereza e Barra do Ribeiro, comutadores de 20 linhas; nas de Itapoã e Cascata, comutadores de 12 linhas; nas de Rio Pardinho e Ferraz, comutadores de 10 linhas.

A companhia, em sua maior parte, usa os aparelhos:
De Estocolmo: J. Berliner, de Hanover; L. M. Ericson & Co.,
De Chicago: Western Electric Co. e Kellog Switchboard & Supply Co.


Bromberg e Cia.

- A firma Bromberg e Cia. figura entre as mais antigas e importantes, no seu ramo de negócio, do Rio Grande do Sul. Para se dar uma idéia da sua importância, basta dizer que, além das suas casas do Rio Grande, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Passo Fundo e Porto Alegre, neste estado, possui ainda filiais no Rio de Janeiro, Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai).

De vários portos ingleses, de Hamburgo, Antuérpia e de Nova York, importam os srs. Bromberg e Cia., em grande escala, todas as espécies de ferragens, ferro bruto, maquinismos para toda a sorte de indústrias, arame, máquinas para agricultores, cimento, tintas, cevada e lúpulo para cervejarias e outros materiais para uso de fábricas diversas.
A firma, que negocia a varejo e por atacado, tem igualmente uma bem montada seção de engenharia e outra para instalações elétricas.

Alguns dos maiores trabalhos de engenharia a executar no estado têm sido confiados aos srs. Bromberg e Cia.
A linha de Nova Hamburgo a Taquara, numa extensão de 46 quilômetros e em zona que tornava necessárias diversas pontes, foi por eles construída, assim como a da Cruz Alta a Ijuí, num percurso de 51 quilômetros.
Atualmente constroem os mesmos senhores uma linha de 40 quilômetros, de Ijuí a Sant'Angelo.

Pelas suas instalações de luz elétrica, adquiriu a firma grande fama.
Ultimamente, fez nada menos de 16 instalações para diversas Câmaras Municipais, algumas já terminadas satisfatoriamente e outras ainda em via de complemento.

O sr. Martin Bromberg

A firma tem trabalhado para o desenvolvimento do estado, pelos seus projetos de colonização; comprou vastos terrenos, grande parte com florestas ainda virgens e os quis, uma vez desbravados, serão muito apropriados a qualquer ramo de agricultura.

A firma tem grandes interesses em diversas das principais empresas do Rio Grande do Sul, como sejam fábricas de tijolos, plantações de arroz e serrarias, a fábrica de chapéus Oscar Teichmann, instalações elétricas e outras de força e luz.

Foi fundadora das casas:
João Day, Bromberg & Cia., importadores; Luiz Noelcher & Cia., negociantes a varejo, de ferragens, utensílios sanitários e caseiros; O Cilindro, importadores de máquinas de costura, utensílios para eletricidade, instalações elétricas, máquinas de escrever, espingardas e armas diversas, munições etc.; União de Ferros (Bromberg, Daudt & Cia.), importadores de ferro bruto, aço, cobre, bronze e outros materiais, ferramentas para ferraria e materiais para construção.

Bromberg e Cia., Porto Alegre:
1) Departamento de Máquinas;
2) Os armazéns e trapiche no Rio Guaíba, com um guindaste de 10 toneladas, o maior de Porto Alegre;
3) Vista geral dos armazéns, do lado do rio.

Os srs. Bromberg & Cia. são os únicos agentes, para o estado do Rio Grande do Sul, das casas:
- Siemens Schuckertwerke de Berlim, para instalações elétricas;
- Heinrich Lanz, Mannheim, fabricantes de locomóveis, debulhadeiras, desnatadeiras de leite;
- L. e C. Steinmiller de Gumersbach, caldeiras multitubulares ou inexplosíveis;
- Hannoversche Maschinenbawanstalt A. G. Hannover, locomotivas e máquinas a vapor, tipos para tipografia e prelos rápidos Phenix;
- Fred Krupp A. G., moinhos de qualquer espécie;
- Sellerhausen, máquinas para beneficiar madeiras, arados, semeadeiras, rastrilhos, máquinas para compor tipos, máquinas rotativas para impressão sem estereotipia, motores a gás, querosene etc., máquinas para funileiro e fabricação de latas de conserva; máquinas de costura Original Saxonia, máquinas de costura Original Victoria e New Home, ceifadeiras, trailhadeiras e outras máquinas agrícolas, tintas para impressão e litografia;
- Underwood Typewriter Co. New York, máquinas de escrever, tubos e outros artigos de borracha, desnatadeiras e máquinas para laticínios;
- Humber Limited, Coventry, automóveis, máquinas para litografia, máquinas para fabricação de fósforos, máquinas para encadernação, moinhos de trigo etc.

Os depósitos dos srs. Bromberg & Cia., que se comunicam com os armazéns, estão situados à margem do Rio Guaíba, onde aqueles senhores possuem uma ponte para o recebimento e expedição de mercadorias.
Nestes diversos prédios tem a firma a sua brigada de bombeiros com uma possante e moderna bomba elétrica, a qual pode ser transportada por meio dum carro sobre trilhos para qualquer parte do estabelecimento, que tem de comprimento 325 metros.
Nos armazéns de Porto Alegre estão empregadas 140 pessoas, além dos viajantes em propaganda da casa nos diversos pontos do estado.

Bromberg e Cia., Porto Alegre:
1) Departamento das ferramentas e tintas, nos armazéns de varejo;
2) Armazéns de varejo - departamento de esmaltes, chapas e eletricidade;
3) Trem carregado com maquinismos agrícolas para plantações de arroz: um simples carregamento para o interior, feito por Bromberg e Cia.;
4) Departamento dos utensílios de cozinha nos armazéns de varejo

A casa matriz acha-se em Hamburgo e foi o seu fundador, sr. Martin Bromberg, que iniciou os negócios no Brasil, abrindo uma filial em Porto Alegre, em 1863. Presentemente, os seus cinco filhos fazem parte da firma como sócios.
Um deles, o sr. Martin Bromberg Junior, acha-se em Hamburgo em companhia de seu pai. Os srs. Waldemar e Arthur Bromberg estão em Porto Alegre, o sr. Fernando Bromberg em RIo Grande e o sr. Erwin Bromberg 
O Comércio em Porto Alegre
Lojas, 
Magazines,
Supermercados, 
Concessionárias,
Pequenos e Grandes.



- Você conhece ou se lembra de todas as marcas?
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BAIRRO CENTRO
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Não culpem os shoppings pelo esvaziamento do Centro, outros são os fatores que contribuíram para isto, camelôs, planos econômicos mirabolantes, gestão.


EM 1969:

Consagra-se no Centro a invasão das calçadas da rua Voluntários da Pátria e da Praça XV de Novembro por ambulantes que vendem meias, guarda-chuvas, camisetas, cintos, toalhas de mesa, carteiras, rendas, espelhos e canetas.

ANOS 1970:

Primeiro shopping center da cidade de Porto Alegre, o Iguatemi surgiu somente em 1983, claro,  já tínhamos o Centro Comercial João Pessoa desde a década de 1970.



E o centro virou o que é atualmente,  já nos anos 1970, - Sujo e Desorganizado.
O chique e badalado "futting" da Rua da Praia já não existia mais:
- O Centro já não era mais o lugar para ver e ser visto, ir a cafés, olhar vitrines de luxo, frequentar os cinemas de calçada, as boas casas.
Em 1972 a Rua da Praia foi fechada aos carros.
Em 1975 inaugurou-se o Muro da Mauá.
Na segunda metade da década, foi a vez da Avenida Borges de Medeiros ser fechada aos carros também.
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Lojas consideradas chiques como Casa das Sedas, Viva Vida, Slopper, fecharam as portas já nos anos 1970, dando lugar ao comércio bem popular.

Nos anos 1970, as famílias ricas (abastadas) já tinham deixado o Centro para irem morar nos bairros.
Comércios sofisticados abandonaram o Centro.
Médicos da elite também começaram a deixar o Centro na mesma época.
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Uma coisa certa se dizia:
"Se o comércio popular não sair da ruas , não tem Centro revitalizado", e ainda se diz.
Paradoxalmente, pode ser que o 'Shopping Popular” acabe ajudando o bairro Centro, principalmente à noite.
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Outras lojas desapareceram a Casa Lyra, Tevah, Masson, Mesbla, Imcosul, JH Santos, Livraria do Globo, e tem mais lojas nessa lista no centro que fecharam as portas, faliram, ou outro motivo:

HM – Hermes Macedo
Escosteguy
Khrae
Hipo Imcosul

No final dos 1970 o Centro de Porto Alegre já tinha características de um deserto à noite, com o caos, insegurança, poluição, muitos camelôs e o status de lugar-não-desejado.


Em 1971, a prefeitura estabelece que apenas cegos poderão atuar como camelôs no Centro e determina que os fiscais sejam acompanhados não mais por MS, mas por médicos capazes de averiguar a deficiência visual.

Loja tradicional fechada: Casa Louro

ANOS 1980:

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Em 1988, na gestão de Alceu Collares, a prefeitura concede alvarás, que regularizam 420 camelôs.

Lojas tradicionais fechadas: Bromberg e Guaspari 


ANOS 1990:
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Praça XV de Novembro está tomada de camelôs.

Em 1990, 250 ambulantes se instalam na Rua da Praia nos finais de semana.
O prefeito Olívio Dutra oficializa os ambulantes na via, entre a rua Marechal Floriano e a rua Caldas Júnior. O governo Collor abre o mercado aos importados, o que estimula a entrada de todo o tipo de muamba.

Lojas tradicionais fechadas: Marinha Magazine, Imcosul, Casas Carvalho, Mesbla, Cambial, J.H. Santos, Casa Pimenta, Adegas, Lojas Brasileiras, Soberana dos Móveis.


ANOS 2000:
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Na tentativa de retomar o controle do Centro, a prefeitura estabelece em 2000 um camelódromo na Praça XV de Novembro, transferindo para ali ambulantes de outras áreas, como os da rua Marechal Floriano, e determinando que camelô sem autorização não poderiam atuar no quadrilátero formado pela Avenida Mauá e pelas ruas Caldas Júnior, Riachuelo e Dr. Flores. Intensificam-se a fiscalização e os conflitos com os irregulares, cada vez mais numerosos. Segue o inchaço dos ambulantes autorizados ou tolerados, que chegam a 752.
O crime organizado se consolida como um dos exploradores do comércio informal. Uma das origens dos produtos vendidos passa a ser o roubo de cargas.
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ANO 2006:

Autorizados ou tolerados:
298 camelôs na Praça XV de Novembro,
118 na rua José Montaury,
243 na Feira da Rua da Praia,
93 em outras áreas.
Total: 752,

- Irregulares: entre 100 e 500 (segundo a prefeitura) e mais de 2 mil (segundo comerciantes e camelôs),

Lojas tradicionais fechadas: Colombinas, Casa Lyra, Superfestas, Casa das Sedas.

Breve Histórico de um Comerciante: - Salvo da Asfixia

Asfixiada pelos camelôs, a Casa Augusto lutava até o começo de 2009 para manter uma tradição de 114 anos no centro de Porto Alegre.
Com a proliferação do comércio informal, a loja de couros e plásticos havia ficado escondida atrás dos ambulantes e perdido clientela. Os mais de 10 funcionários dos anos 80 foram reduzidos para cinco.

- Por causa dos camelôs na frente, o pessoal dizia de brincadeira que nosso endereço era Vigário José Inácio, 410, fundos.
Os clientes antigos ainda vinham, apesar de se atrapalharem um pouco, mas atrair freguesia nova era impossível, porque ninguém enxergava a loja - conta o proprietário, Augusto Hecktheuer, 77 anos.

Augusto viu os primeiros camelôs chegarem à via nos anos 1980, mas não deu importância: eram poucos, vendiam apenas artesanato e não trabalhavam. Com o tempo, proliferaram e levaram à falência muitos estabelecimentos da vizinhança. Ele resistiu por teimosia.
A loja foi fundada pelo seu avô homônimo e passou para o pai também chamado Augusto. O atual proprietário tinha esperança de mantê-la viva para um Augusto de quarta geração, seu filho.

- Valeria mais a pena virar camelô também, mas quero manter a tradição - conta.

Contra as probabilidades, a persistência de Hecktheuer valeu a pena, e a Casa Augusto tornou-se um exemplo de que é possível revigorar o comércio no Centro atacando o problema dos ambulantes. Em janeiro, a prefeitura transferiu da Vigário José Inácio os 42 camelôs autorizados a atuar na via. Eles foram para a Praça XV. A medida deu novo alento à idosa de 114 anos.

- A rua virou um cartão-postal, os clientes voltaram e o movimento melhorou. A loja está renascendo - comemora o proprietário.

Ordem Alfabética


Muitas empresas do comércio varejista local, nacional ou estrangeiro já existiram em Porto Alegre, aliás nossa cidade e por conta o estado é o que possui a maior quantidade de marcas varejistas próprias do Brasil, de móveis e eletrodomésticos, vestuário, automóveis, consórcios, supermercados e assim vai. 

Nesta lista algumas que já foram, ou não estão mais operando em Porto Alegre:

COMÉRCIO
Lojas, Magazines, Boutiques

Arapuã
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Em concordata desde junho de 1998 e sob ameaça de falência por não ter pago a primeira parcela de sua dívida vencida, a cadeia de lojas controlada pela família Simeira Jacob tenta convencer todos os seus credores a aderir a um plano de reestruturação diferente, que pode abrir nova brecha na Lei de Falências, de 1945. Abre um fôlego para que a rede, com 186 lojas e 2.700 funcionários, continue a operar.
O Banco Fenícia, hoje, está em processo de fechamento, mas sem nenhuma intervenção do Banco Central.

Além do banco e das Lojas Arapuã, a família Simeira Jacob tinha até o início do ano passado a fábrica de chocolates Neugebauer e a Etti, além da construtora Lótus. A construtora permanece com a família. Neugebauer e Etti foram vendidas. A Neugebauer foi repassada pelo valor de sua dívida. Os Simeira Jacob não receberam nada. Pela Etti, a família recebeu R$ 60 milhões da Parmalat italiana e repassou o valor para as Lojas Arapuã.
A vida da família também mudou. Jorge Simeira Jacob saiu de sua casa de 1.500 metros quadrados na Chácara Flora (Zona Sul de São Paulo), onde vivia com a família desde 1976, e mudou-se para outra casa quase dez vezes menor. Renato Jacob, que agora preside a Arapuã 2, diz que não vai a festas ou restaurantes badalados. “Nossa diversão é jogar tênis nos finais de semana”, afirma Renato. O pai, Jorge, deixou a presidência do Instituto Liberal.

O que aconteceu para a Arapuã sair de um lucro de R$ 160 milhões em 1996, um ano depois de abrir o capital e começar a negociar suas ações em Nova York, para um prejuízo de R$ 264 milhões no ano seguinte? Renato Jacob diz que foram vários fatores, mas sobretudo a inadimplência. Dos R$ 3 bilhões em créditos concedidos pela Arapuã entre 1995 e 1998, R$ 550 milhões deixaram de ser pagos. E tudo se agravou porque a Arapuã entregava para os bancos (inclusive para a Feniciapar, subsidiária do Banco Fenícia) os créditos a receber dos clientes e pegava o dinheiro antecipadamente. Mas se comprometia a cobrir qualquer inadimplência. No balanço de 1997, por exemplo, aparecem R$ 580 milhões de contas a receber de clientes e uma provisão para devedores de R$ 313 milhões, metade da carteira registrada no final do ano anterior. Tudo indica que a empresa – pioneira, desde 1967, em Crédito Direto ao Consumidor – não soube emprestar com eficiência quando o mercado entrou em expansão. Renato Jacob admite que também foi um erro ter entrado na guerra de preços e prazos.
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Empresário filho tirou a loja do pai da falência e deu início à Arapuã
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Esta não é a primeira vez que Jorge Simeira Jacob, fundador do grupo Fenícia e das Lojas Arapuã, enfrenta um processo pré-falimentar. Há 48 anos, quando tinha apenas 17 anos de idade, Simeira Jacob recebeu a visita de um advogado para comunicar-lhe um pedido de falência contra a empresa que herdara do pai: a loja de tecidos Nossa Senhora Apparecida, na cidade de Lins, no interior de São Paulo. Passou a noite em claro, mas levantou da cama no dia seguinte com a solução. Estava decidido a procurar o juiz e oferecer o pagamento de 50% de suas dívidas. Com aval dos credores, o juiz desbloqueou a conta bancária do menor. Equacionado o problema, Simeira Jacob deu início à expansão. Em 1957 inaugurou a segunda loja em Lins, seguida de outra fora da cidade. Foi quando percebeu a necessidade de mudar a razão social da empresa e também o ramo de atividade. Nascia ali a Arapuã, que chegou a registrar vendas brutas superiores a R$ 2 bilhões.
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As Brasileiras
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Arno
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A história da Lojas Arno começou em 1954, em Caxias do Sul, com o casal Antonio Arno Palavro e Jandira Frizzo Palavro, que montaram um pequeno estabelecimento comercial para vender máquinas de costura. Até 1999, a empresa manteve um perfil de loja de eletrodomésticos local, com poucas filiais fora de Caxias do Sul. A filosofia mudou no ano 2000, com o lançamento de nova logomarca e uma postura mais agressiva para conquistar novos mercados. Até 1996, ela possuía apenas 12 endereços e parecia estagnada. Mas de lá para cá muita coisa mudou. A empresa passou por uma revolução recentemente e em 2001 já contava com 46 lojas de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, bazar, móveis e equipamentos de informática. Ela cresceu, modernizou-se e passou a se preocupar pra valer com seus funcionários. Apesar de ainda ficar devendo na área de benefícios, as pessoas sentem-se felizes e orgulhosas por trabalhar numa das Lojas Arno. Os funcionários acreditam ser parte de uma grande família. A empresa investe em treinamento e procura fazer com que os funcionários se sintam bem. Chega a disponibilizar acompanhamento psicológico gratuito para todos. 
Apesar de se tratar de uma empresa familiar, os funcionários enxergam oportunidades de crescimento.
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As lojas Arno de Caxias do Sul, que em agosto de 2007 comemoram 50 anos de atividade, foram compradas pelo Magazine Luiza. O valor não foi revelado. Os funcionários e as 51 unidades das lojas Arno serão mantidas pelo Grupo Luiza, bem como todo o seu projeto de expansão no Rio Grande do Sul. Por um período indeterminado será mantida a marca Lojas Arno. Entre os benefícios implantados pelo Magazine Luiza, os clientes do Rio Grande do Sul poderão contar com os serviços de crédito da financeira LuizaCred, e assim terminou a enganação.Loja de tecidos e confecções, duas loja uma na rua Uruguai, e outro no Kastelão da José de Alencar.
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Brasileiras - Lobras
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Tinha uma Banana Split Maravilhosa!
As Lojas Brasileiras em Porto Alegre tinha três lojas na rua dos Andradas ao lado das Lojas Americanas (atual Marisa), rua Vigário José Inácio (atual shopping popular) e avenida Assis Brasil (atual  Linna).
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As Lojas Brasileiras (Lobras) foram uma tradicional rede de lojas de departamentos e variedades.
Encerrou as operações em 1999 após uma série de prejuízos que vinham ocorrendo desde 1996.
Possuia 63 lojas espalhadas por vinte estados do Brasil.
Lojas Marisa, a qual pertence à mesma família, ocupou as lojas próprias da rede Brasileiras e as demais foram entregues.
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Brandãos
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Tradicional loja em ume pequena galeria na avenida Benjamin Constant, que vendia moda surf , as famosas camisetas Tube, camisas de pelúcia e botas de nobuque com fecho lateral, na época o máximo.
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Bromberg
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Prédio do antigo Bromberg na Andradas
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Loja de artigos importados, tinha duas grandes lojas na rua Siqueira Campos, esquina travessa Leonardo Truda (atual bingo), rua dos Andradas.
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Casa Lyra
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Loja de vestuário, sofisticado.
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Casas Bahia
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QUER PAGAR QUANTO! - PORTO ALEGRE - Quando inaugurou as primeiras quatro lojas da Casas Bahia no Rio Grande do Sul em outubro de 2004, com 20 mil clientes pré-cadastrados nas cidades de Porto Alegre, Cachoeirinha e São Leopoldo, o diretor e sócio da rede Michel Klein era só otimismo. Disse que nunca havia encontrado uma " receptividade tão grande " no país. Se plano era chegar a 1 milhão de clientes em cinco anos no Estado. Mas a história não foi bem assim.

Passados cinco anos, a varejista informou que no sábado fechou as últimas cinco lojas (três em Porto Alegre, uma em Canoas e uma em Caxias do Sul) das 28 que chegou a ter no Estado. Em nota, disse que a decisão foi tomada no início de janeiro, depois que a Secretaria da Fazenda do Estado emitiu 45 autos de infração fiscal contra a empresa, que totalizam cerca de R$ 52 milhões. A Casas Bahia conseguiu derrubar duas delas, no valor de R$ 1,8 milhão. Em 2006 a empresa começou a fechar unidades no Estado, devido a históricos insatisfatórios de vendas, a baixos índices de rentabilidade e a elevados níveis de inadimplência.
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A rede de varejo Casas Bahia divulgou, nesta segunda-feira (28) o fechamento das cinco lojas localizadas em Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas, no Rio Grande do Sul, e o encerramento das atividades no Estado. Conforme a empresa, a decisão foi tomada no começo do mês e não está relacionada à compra do controle da rede, anunciada no dia 4 de dezembro, pelo grupo Pão de Açúcar, que formou uma gigante do varejo.
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Por meio de nota, a Casas Bahia atribuiu a medida a uma atitude da Secretaria da Fazenda do Estado, que lavrou 45 autos de infração contra a rede, em valor aproximado de R$ 52 milhões. "A atuação da fiscalização do Estado foi arbitrária, constituindo créditos sabidamente indevidos", afirmou a empresa, que acrescentou ter contestado as cobranças e revertido duas delas.

A Casas Bahia chegou ao Estado em outubro de 2004 e, após um período de expansão, promoveu gradualmente fechamento de unidades. A rede já teve 28 lojas em 19 municípios do Rio Grande do Sul. Segundo a companhia, as lojas foram desativadas porque não alcançaram o faturamento esperado, sua rentabilidade não era adequada ou a inadimplência era considerada elevada. A rede não detalhou o desempenho das unidades.
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A Casas Bahia tinha aproximadamente 150 funcionários nas cinco lojas do Rio Grande do Sul. A empresa disse que estudará a possível transferência dos funcionários para Estados próximos.
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Casa Coates
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Casa Victor

Francisco Garcia de Garcia, dono da Casa Victor, concorrente da Coates.
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Célia Irmãos
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Tradicional loja da Rua da Praia.
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Centro Útil
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Pertencia ao Grupo Dosul, loja diversificada de, com preço e apelo popular, a loja matriz era na esquina da rua Voluntários da Pátria com Praça Rui Barbosa, onde hoje está a loja Center Shop do mesmo seguimento.
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Casas Carvalho
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Colombinas
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Tradicional loja de tecidos, confecções e armarinho, tinha uma sede própria na rua José Montaury, onde hoje está a loja do Aldo e outra na esquina da rua Otávio Rocha, com Praça XV de Novembro.
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Courolândia/ Couroesporte
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A loja Courolandia / Couroesporte, trabalhava com a linha de malas e bolsas em couro principalmente e outros produtos do gênero, em 1987 lançou um produto que prometia fazer sucesso a partir do verão de 1987: - as pranchas de bodyboard da MOREY BOOGIE.
Loja localizada na esquina da rua da Praia com a rua Dr Flores (onde hoje tem um MC Donalds).
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Escosteguy
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Empório dos Tecidos
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Tradicional loja de tecidos, tinha várias filiais em vários bairros em Porto Alegre, na década de 1980, abriu filial na avenida Assis Brasil e no local do antigo Cinema Rei na Volta do Guerino em prédio próprio de seis andares e garagem subterrânea, inaugurou o magazine Empo, a primeira grande loja de departamentos do grupo.
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Farmácia Estrela
Imagens e Texto: - Contribuição de Leandro Reginato

Em 1923, é fundado a Farmácia Estrela por Bhertholdo Mário Thebich no número 714 da Avenida São Pedro, no Quarto Distrito.
A Farmácia Estrela é um dos mais antigos estabelecimentos comerciais de Porto Alegre.

Sr. Bhertholdo

Em 1934, a Farmácia Estrela se transferiu para prédio próprio na esquina da Avenida São Pedro com Rua Pernambuco (em frente ao Clube Polônia), além da residência da Família Bhertholdo (proprietário), comportava quatro consultórios de médicos famosos, como os doutores: Ervino e Edgar Diefenthaeler.

Inauguração - 1934

Bhertholdo Mário Thebich tinha um lado filantropo. Percorria de bicicleta, com seu jaleco branco, as vilas populares do Quarto Distrito, levando remédios às vezes sem custo algum.

Bhertholdo Mário Thebich, é nome de rua na Vila Farrapos, no Bairro Humaitá.

Em 1941, durante a grande enchente a Farmácia Estrela resistiu, diante da calamidade no Quatro Distrito.


Em 2007, as coisas foram ficando difíceis; agravada, sobretudo, por obras na rede de esgoto que por 120 dias praticamente inviabilizaram o acesso dos clientes.

Em 2007, a Farmácia Estrela recebeu o prêmio da Prefeitura de Porto Alegre pelo Resgate e Preservação da História de nossa cidade.
 Prêmio Compachc - 2007

Em Maio de 2012 deverá fechar as portas, definitivamente.
Depois de 89 Anos servindo a comunidade, a Farmácia Estrela, situada na esquina das avenidas São Pedro e Pernambuco, vai encerrar suas atividades.
Embora ganho o Prêmio Compahc do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural - "Pelo empenho no resgate e preservação da história da cidade".

 2012

Diante da decisão de fechar, Leandro Reginato, o atual administrador, a terceira geração de descendentes de Bertholdo está colocando à venda o patrimônio formado por: móveis, frascos de fórmulas e equipamentos de laboratório.
É uma pena, mas a Farmácia Estrela se despede, para entrar para história.



Antigos armários e bancada de manipulação


Estórias Estrela
A Família Thebich que morava no andar superior, tinha a sua famosa “Hora da Sopa”, sopa preparada nos intervalos de seu trabalho pelo próprio Sr. Bertholdo.
A Família Thebich era muito simpática.
Era uma linda farmácia com aqueles vidros, balanças, tudo organizado e limpo.
Pois toda essa simplicidade e simpatia, todo o respeito e amor ao próximo sucumbiram, assim como muitos outros símbolos de nossa infância, aos grandes conglomerados, à vontade de produção em massa, ao atendimento em massa.
Vão se o Prédio e a Farmácia. O quarto Distrito perde um marco, a cidade fica mais órfão.
A memória irá guardar os caminhos até a Farmácia Estrela, onde se encontrava atendimento, cura, cortesia e a sopa.

FARMÁCIA ESTRELA
Desde 1923
Avenida São Pedro, nº 806 – Bairro São Geraldo
Quarto Distrito
Telefone: (51) 3337-7540
                        3342-2621
Horário de Funcionamento:
Segunda-feira a Sexta-Feira 08:00 as 20:00,
Sábado                                  08:00 as 13:00

De Reginato Comércio de Medicamentos Ltda - CNPJ Nº: 10.316.887/0001-85

Farmacêutico: Dr. Luiz Alfredo Centeno Leistner, CRF-RS nº.1-8926.
Licença de funcionamento Sanitário: 2909/2010.
AFE/Anvisa 0.60008.3.


Não a Auto-Medicação
Somente o médico está apto a diagnosticar qualquer problema de saúde e prescrever o tratamento adequado. 
Medicamentos podem trazer riscos.
Procure o médico e o farmacêutico. Leia a Bula.
Ao persistirem os sintomas o seu médico deverá ser consultado.
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Farmácia Panitz e Velgos
Origem da Panvel

Farmácia Popular

Fin-hab
Caderneta de Poupança do GBOEX. que tinha como mascote o Canguru.

Garça
Loja Garça no início da Protásio Alves.

Guaspari
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Loja do Guaspari - 1937
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A loja na avenida Borges de Medeiros, nº 262, entre  as ruas José Montaury e Largo Glênio Peres. Foi fundada em 1936 e era uma loja de confecções no estilo Renner. O prédio possue estilo art-deco, hoje é um shopping de fábrica, Com 70 lojas distribuídas em três andares, o Shopping Guaspari ocupa uma das esquinas mais movimentadas do centro de Porto Alegre, por onde cruzam diariamente cerca de 60 mil pessoas. Criado em junho de 1997, o popular centro de compras se destaca pela diversidade de oferta de negócios, que vão desde estandes com produtos de vestuário, bijuterias e calçados até artesanato e um restaurante.
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Década de 1950
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Hermes Macedo
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Sr. Hermes Macedo - 1978
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Hermes Macedo: loja de departamentos, também teve revenda de automóveis.
Em Porto Alegre tinha a grande loja da rua Alberto Bins, esquina rua Cel. Vicente (atual Digimer), na avenida Assis Brasil esquina rua Ennes Bandeira (atual Magazine Luisa).
No início da década de 1930 os irmãos Astrogildo e Hermes Macedo chegaram à capital paranaense. Vinham do interior do Rio Grande do Sul e pertenciam a uma tradicional família de comerciantes.
Em 1932, sob a liderança de Hermes, abriram a Agência Macedo, um estabelecimento que vendia peças novas e usadas para caminhões e automóveis. Em pouco tempo formaram uma grande freguesia e decidiram ampliar os negócios. A segunda loja da empresa, aberta em 1936, funcionava na Praça Generoso Marques, no Centro de Curitiba, ao lado da Prefeitura e inserida do trajeto dos bondes e dos ônibus que ligavam o Centro à periferia curitibana. O sucesso foi tão grande que, alguns meses depois de aberta, os irmãos Macedo decidiram diversificar as vendas e assim a loja passou a comercializar bicicletas e artigos domésticos.

Em 1943, já com a denominação de Lojas Hermes Macedo e obedecendo a uma planejada estratégia de expansão, foi inaugurada a primeira filial fora de Curitiba. O local escolhido foi a maior cidade do interior paranaense da época: Ponta Grossa. Em seguida – começando na década de 1940 – foram abertas lojas em Londrina, Maringá, Blumenau (a primeira fora do Paraná), Porto Alegre etc. No decorrer das décadas de 1960, 70 e 80, a rede de Lojas HM ocupou lugar de destaque no ranking das maiores empresas nacionais por vendas no comércio varejista brasileiro, sendo, durante todo esse período, a maior empresa do setor no Paraná.
A partir do final da década de 1980, o império comercial criado por Hermes Macedo passou a enfrentar vários problemas. A desfavorável conjuntura econômica nacional, o aumento da concorrência com a entrada das novas empresas (nacionais e multinacionais) no setor de eletroeletrônicos e, principalmente, a disputa interna pela sucessão e pela administração da empresa foram fatores determinantes para o declínio do grupo HM.
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Até 1997, quando foi decretada a falência da empresa, foram abertas 285 lojas em 80 cidades espalhadas por seis estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Foi daí que surgiu o slogan que durante anos identificou as Lojas HM na publicidade nacional: “Do Rio Grande ao Grande Rio!”.
O domínio das Lojas HM
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Decoração de Natal
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Desde sua abertura em Ponta Grossa, as Lojas HM dominaram o comércio varejista local oferecendo eletrodomésticos, pneus, móveis, brinquedos, utensílios domésticos e vestuário. A “Brinquedorama HM”, estruturada no andar superior da loja situada na confluência das ruas Saldanha Marinho e Augusto Ribas se tornou um dos lugares mais procurado pelas famílias ponta-grossenses que buscavam os presentes para as crianças na véspera do Natal.
Aliás, durante a década de 1970, a abertura oficial do Natal em Ponta Grossa – e em outras localidades – ocorria com a chegada do Papai Noel HM à cidade. Carros alegóricos, personagens da Disney, Super-Heróis e dezenas de figurantes desfilavam pela Avenida Vicente Machado saudando o público e anunciando a chegada do Natal. O ritual se encerrava justamente com a passagem do “Bom Velhinho” no último carro que integrava o cortejo.


Nos meados daquela década, outra atração propiciada por Hermes Macedo aos ponta-grossenses era a possibilidade de “assistir” as TVs coloridas, então uma novidade no mercado brasileiro. Os aparelhos eram colocados nas vitrines e ficavam ligados durante boa parte noite. Mesmo sem ouvir o som do que era transmitido, a possibilidade de assistir aos programas a cores fazia com que se formassem filas de carros ao longo da calçada da loja.
Já nos anos 80, quando o Atari se tornou uma febre no Brasil, as Lojas HM atraíram grande número de crianças e adolescentes que se acotovelavam para jogar o Pac Mac, o Enduro e o River Raid, os mais populares jogos disponibilizados pelo vídeo game.
Disputas pelo poder, crises financeiras, fizeram o grupo pedir concordata em 1992, consegui pagar grande parte dos credores, em 1995 não tendo condições de continuar a atividade por falta de crédito e confiança dos fornecedores, a Lojas Hermes Macedo fazem um acordo comercial com as Lojas Colombo, os pontos de venda e os funcionários ficaram com a HM, por este acordo que permaneceu até fevereiro de 1997, a HM recebia uma comissão de cerca de 10% sobre as vendas realizadas. Em fevereiro de 197, depois de esgotadas todas as possibilidades a empresa pediu falência com continuidade dos negócios. As Lojas Colombo mantiveram o acordo até novembro de 1997 quando foi decretada a falência definitiva.
Hermes Macedo na política
Devido ao grande sucesso financeiro que adquiriu e pelo prestígio que as lojas da empresa possuíam, Hermes Macedo lançou-se na vida política. Filiado a Arena – partido criado para apoiar o Regime Militar – o empresário ocupou, por diversos mandatos, o cargo de Deputado Federal entre as décadas de 1960 e 1980.
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HM Veículos
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A loja na avenida Farrapos (atual Forum)
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Auto Center HM
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Eram 2 Lojas na avenida Farrapos, uma na esquina rua Garibaldi.
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Herval
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Desde 1959, quando foi fundada uma pequena madeireira em Dois Irmãos, são muitos anos de história, aprendizado, diversidade. Mas sempre com a mesma base sólida: o Valor. O Grupo Herval acredita na força do trabalho, na vontade de crescer e na ética há 50 anos.
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Com o passar do tempo, novas marcas e produtos foram sendo agregados à Herval e, em 2009, todo esse dinamismo foi traduzido num novo conceito: o Grupo Herval. A partir de amanhã 15.04.2010, as lojas do Grupo Herval passam a se chamar TAQI. São 65 unidades. A campanha publicitária começa hoje à noite.
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A mudança na marca faz parte de um trabalho iniciado há cinco anos, quando uma pesquisa mostrou a necessidade de o Grupo Herval, que tem 50 anos, reposicionar as empresas nos mercados em que atua. A marca principal foi criada pelo GAD, do slogan da imagem acima.
Além da marca, as lojas passam a ser segmentadas: TAQI Construção e Ferramentas, TAQI Eletro e Móveis e as mistas TAQI. As lojas empregam 1.900 pessoas.
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Ibraco
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Loja Ibraco
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Loja Ibraco, tradicional estabelecimento de móveis e eletro domésticos de Porto Alegre, foi comprada pela rede de lojas Imcosul, ná década de 1970.
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Folheto
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Foi patrocinadora do programa Glênio Reis  SHOW no ANTIGO AUDITÓRIO DA TV GAÚCHA, Canal 12, candidato ao FUSCA e o ANIMADOR no programa "DOZE da SORTE" com patrocínio das LOJAS IBRACO.
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Programa Glênio Reis TV Gaúcha - década de 1960
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Imcosul
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A Loja que está do lado da gente.
Grande rede de loja de departamentos. A Imcosul  foi vendida ao Grupo Maisonave, que fechou 47 filiais.
Campanha de verão em janeiro de 1976 da Imcosul:
"Imcosal, Imcosol, Imcosul"
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Hipo Imcosul
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O grande magazine da Imcosul, tinha um hipopotamo como gimmick. O prédio da antiga rede de lojas Imcosul, o Hipo Imcosul, o prédio de 5 andares (+) subsolo com escada rolante em todos os andares, abriga lojas de confecções e artigos diversos pronta entrega, com entrada pelas ruas Voluntários da Pátria, Dr. Flores, Senhor dos Passos.
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Hobby Brinquedos
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Loja de hobby, ferromodelismo, nautimodelismo, e outros, chegou a ter duas lojas, uma no final da rua dos Andradas e outra na avenida João Pessoa.
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J.H. Santos
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A rede JH Santos chegou a ser a maior cadeia varejista do Rio Grande do Sul e marcou época como um dos maiores anunciantes do Estado nos anos 1970 e 1980.
Foi cliente da agência MPM durante quase todo esse período e deve boa parte do seu crescimento ao trabalho da agência, como era reconhecido pelo próprio Fábio Araújo Santos.
J. H. Santos lançou a promoção de liquidação anual: “Barbadíssimas J. H. Santos”.
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Kanto Kente

Loja de moda jovem das Lojas Renner.
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Krahe
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Loja de produtos sofisticados.
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Krás

Arthur Krás Borges, fundou no centro de Porto Alegre as lojas:

Empório dos Viajantes
Krás
Fog

Posteriormente o Empório dos Viajantes mudou de nome e virou Viaggio.

Na década de 1980, após o falecimento do Sr. Arthur Krás Borges, os filhos separaram o grupo, conforme:
Telmo Krás com a Krás,
Carlos Augusto com a Viaggio e Fog.

Em1983, com a inauguração do primeiro shopping de Porto Alegre o Iguatemi, todas tiveram suas filiais no shopping.

Na década de 1990, na terceira geração da Família Krás, o empreendimento começou a se desestruturar.

Na década de 2000, no início, separaram-se até o fechamento de todas as casas comerciais.

Contribuição Beth Krás (Uma mulher visionária)
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Leila Calçados
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Loja de calçados e acessórios, hoje o Gaston ocupa o seguimento.
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Lixo
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Loja Lixo era uma boutique da década de 1970, roupas extravagantes e psicodélicas como a década, a loja ficava na av. Independência, abaixo da av. Ramiro Barcelos. 
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Louro
Antiga Casa Louro.


Casa Lú, Rua da Azenha
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Xangrilá Calçados
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Loja dos refugos da Leila Calçados, ficava an avenida Assis Brasil, com preços bem populares.
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Loja Londres
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Loja de confecções, ficava na rua Voluntários da Pátria, esquina rua Vigário José Inácio.
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Magazine Alberto Bins
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"Aquele da Escadinha"
Loja de confecções masculinas, na rua Alberto Bins, no local hoje está instalada a Loja Linna.
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Marinha Magazine
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Slogan: "Crediário Qualidade, marinha Magazine veste bem toda a cidade"
Loja de departamentos, ficava na av. São Pedro, nº 622, grande loja de consumo popular das décadas de 1970 e 1980, depois de muitos anos na década de 1980 abriu sua segunda loja na Av. Assis Brasil esquina avenida Gal. Lucio Esteves, no bairro São João. Caiu em declínio por suas roupas não serem fashion.
No auge do transformista Roberta Close, a loja o trouxe pela primeira vez a Porto Alegre como estrela e foi colocado na marquise da loja da avenida São Pedro para delírio do público.
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Masson
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Tradicional e sofisticada relojoaria e joalheria de Porto Alegre, com sua loja na esquina na rua dos Andradas com rua Marechal Floriano desde sua fundação.
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Tinha outra loja na avenida Assis Brasil, bairro São João, todas as lojas tinham relógios em suas fachada, os relógios do Mercado Público e da Rodoviária são da Masson.
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Mesbla
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1960

A Mesbla era grande em Porto Alegre, seus prédios eram magníficos, tinha loja de departamentos, veículos, náutica, no centro eram dois endereços, rua Voluntários da Pátria esquina rua Cel. Vicente, atual Ulbra Saúde, e rua Aberto Bins, esquina rua Dr. Flores que agora é da loja Mega Store da Manlec.
Chegou a ter uma loja de refugos na avenida Sertório quase esquina avenida Pernambuco.
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Natal, década de 1960
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Atual
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Vitrines - 1963
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Vitrines - 1964
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A rede de lojas que começou atividades em 1912 foi à falência em 1999,após tentativas frustradas de união com o Mappin e possível volta por cima dos prejuízos e da concordata. Agora volta à tona como loja virtual.
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Em contrato de cessão com Ricardo Mansur, o dono da marca e das tentativas de salvamento, a volta da Mesbla é liderada pela Mercantil Brasileira.
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Mesbla Veículos e Náutica
Mesbla Veículos e Náutica, tinha duas lojas na esquina da rua Cel. Vicente com rua Comdor. Manoel Pereira, atual Banco Itaú, atrás do Magazine Mesbla, e na Av. Farrapos, no bairro Navegantes, que atualmente é o Clube.
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Palácio dos Enfeites
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Tradicional loja de utilidades domésticas, papelaria e armarinho, tinha duas frentes, uma para a rua Dr. Flores e outra para a rua Vigário José Inácio, a loja era usada principalmente como ponto de passagem para atravessar de uma rua para outra, atualmente no lado da rua Dr. Flores é um shoppong popular e na rua Vigário José Inácio é a loja Do Centro, mas a passagem continua.
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Pernambucanas
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Porto Alegre Bebê
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Renner
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Década de 1930
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A Lojas Renner foi fundada em 1912, por Antônio Jacob Renner, com o nome de A. J. Renner. A empresa comercializava capas de pura lã e capas do vestuário masculino, resistentes ao frio, ao vento minuano e às chuvas, que se tornou uma peça indispensável tanto para o gaúcho da Campanha como para o homem da cidade.

O primeiro ponto-de-venda das Lojas Renner foi inaugurado em 1922. 

A partir dos anos 1940, com uma comercialização mais ampla de produtos, tornou-se uma loja de departamentos.

A Renner SA nasceu em 1965. Dois anos depois, veio o lançamento de ações.

A rede de lojas de departamento de vestuário Renner é a segunda maior do país no ramo e foi a primeira empresa brasileira a ter 100% do seu capital negociado na bolsa de valores, tendo sua oferta inicial de capital (IPO) realizada no ano de 2005. Lojas Renner podem ser encontradas em praticamente qualquer shopping center do Brasil. São mega-lojas que, não raro, têm mais de um piso, mesmo nos shoppings.
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Década de 1950
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Na verdade, a Renner pode ser chamada de uma rede de lojas em Shopping Centers, porque de suas 116 lojas, 109 estão em shoppings. Há filiais das Lojas Renner nas 5 regiões do país.

A história das lojas Renner começa em 1965, quando a rede foi dissociada do grupo A. J. Renner, da industria têxtil, e passou a vender mais do que apenas produtos têxteis, mas também todo tipo de produto relacionado a moda, sendo verdadeiramente uma loja de departamento do ramo.

Até a década de 1990, as lojas Renner estavam presentes apenas no estado do Rio Grande do Sul. Nesta mesma década, começava a expansão para o resto do país, inicialmente para mais 6 estados. A idéia era—e ainda é—ser uma das maiores redes de lojas de departamento de moda do país, com o objetivo de “encantar” o cliente, ou seja, superar suas expectativas de uma loja desse tipo.

Em 1991, a Lojas Renner tornou-se uma loja de departamentos especializada em moda.

No dia 22 de dezembro de 1998, foi comprada pela empresa multinacional de lojas de departamento norte-americana JC Penney, então detentora de 97,7% das ações.
A partir de 2002, a Renner passou a categorizar suas coleções por estilos de vida, conseguindo atingir melhor diversos tipos de públicos. O interessante dessa abordagem é que o cliente tem mais facilidade para achar peças que lhe agradam e isso aliado ao preço baixo conseguem atrair clientes com imensa facilidade.
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Durante o incêndio da década de 1970
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Em junho de 2005, com a saída da JC Penney, as ações da Renner foram vendidas de forma pulverizada na Bovespa, tornando-a a primeira corporation brasileira.
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Riachuelo
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Rib's

Rib’s, a lanchonete estilo Mac ou Bob’s, tinha o melhor xis de Porto Alegre; a lancheria “Best Food”, na loja da 24 de Outubro, quase na esquina com a Praça Julio de Castilhos, a loja do centro era na esquina da rua dos Andradas e rua Gal. Câmara (atual Gaston).
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Sandiz
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Loja de departamentos da Cia. Brasileira de Distribuição, do Grupo Pão de Açúcar. 
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A Sandiz foi a primeira grande loja âncora do primeiro Shopping Center de Porto Alegre o Iguatemi de 1983, era a maior loja do shopping, com dois pisos e escada rolante.
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Saco e Cuecão
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Slogan: "Saco, saco, saco e cuecão, moinhos, salgado e malcon".
Loja moda jovem, estilo surf, pertencia as lojas Imcosul.
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Soberana dos Móveis
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Slogan: "O crediário mais amigável da cidade".
Tradicional loja de móveis, Silvia que é filha de Marcos Rachewsky, dono da antiga loja A Soberana dos Móveis, famosa em Porto Alegre nas décadas de 1970/80, Silvia é diretora do Shopping Total, e diz, não acredito no desaparecimento de lojas de rua, o mercado oferece oportunidade e espaço para todos.
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Sloper
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Prédio da Sloper

Loja de departamentos, com grande linha de bazar, nos vários andares, Rua dos Andradas.
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Super Festas
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Loja de brinquedos e artigos de festa, marcou época tinha várias filiais.
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Tigre
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Casa Tigre tinha a loja na esquina da avenida da Azenha, nº 473, com avenida Ipiranga.
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Xangrilá Calçados

Wollens
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Loja de departamentos, dedicada ao vestuário, na esquina da rua Alberto Bins com rua Pinto Bandeira, foi comprada pela Riachuelo do Grupo Guararapes e hoje o prédio é um shopping.

CASAS ESPECIALIZADAS 
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Armazém Rio Grandense

Casa de Importados e delicatesses, na rua Otávio Rocha, onde hoje e a loja Gang.

CONCESSIONÁRIAS

Carro do Povo
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Concessionária Volkswagem, pertencia ao Banco Sibisa, tinha sua loja na avenida Assis Brasil esquina rua Panamericana, no bairro Lindóia, o prédio incendou na década de 1980, é hoje um conjunto residencial.
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Importadora Americana

Concessionária de Veículos, marca Ford, com grande prédio na Avenida Farrapos, bairro Floresta.

SUPERMERCADOS

Os que já se foram.
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Big Hipermercado


Desde sua entrada no varejo brasileiro, o Sonae investiu 1,3 bilhão de reais no país


1989 - A entrada
O Sonae compra uma participação na rede de supermercados Real do Grupo Joaquim Oliveira, no Rio Grande do Sul.

No comercial de TV uma cegonh trazia uma criança que era largada em Porto Alegre.

Em 1990 inaugura o primeiro hipermercado Big, em Porto Alegre, na Avenida Sertório, zona Norte.

Big Sertório

1997 - A decisão de investir
Assume o controle do Real, mais tarde rebatizado de Nacional.

1998 - O começo da expansão
Compra o Cândia, em São Paulo, e a rede paranaense Mercadorama.

1999 - O maior do sul
Adquire as redes gaúchas Extra Econômico e Nacional, além do Coletão e do Muffatão, no Paraná, tornando-se a maior rede da Região Sul.

2004 - Os rumores da saída

Em julho, Belmiro de Azevedo, principal acionista do Sonae, afirma estar insatisfeito com os negócios no Brasil, alimentando os rumores de venda. O Wal-Mart é apontado como um dos mais prováveis compradores.

Carrefour

- O Carrefour hipermercado foi inaugurado em Porto Alegre, no bairro Partenon, era o maior ja inaugurado na época. Com seus amplos corredores em seu comercial inaugural, um carro de golfe circulava pelos corredores devido sua amplitude.

Inaugurado em 19 de março de 1980, o primeiro hipermercado dos gaúchos trouxe ao Estado um novo conceito em compras. Situada na Rua Albion, no bairro Partenon, a nova operação levou desenvolvimento à região da capital onde foi instalado, e iniciou uma saudável competição pelo melhor preço entre o varejo local, trazendo ainda mais benefícios ao consumidor.

Nota:
- No dia da abertura, foram registradas mais de 10 mil vendas, e 30 mil clientes na loja. A primeira unidade gaúcha abre apenas cinco anos após a chegada do Grupo ao Brasil, já com um sortimento de 30 mil itens, variedade nunca vista no varejo riograndense.

Desde então, o Grupo tem feito constantes investimentos no Estado. Em 1995, o Carrefour inicia a ampliação de suas operações para o interior, começando pela Serra Gaúcha. A cidade de Caxias do Sul foi a primeira a receber o hipermercado. Depois seguiram Novo Hamburgo (1996), Canoas (1996), Santa Maria (2007), Gravataí (2007), além de duas novas lojas Porto Alegre, Passo D'Areia (2000) e Sertório (2009). O Grupo ainda possui o Atacadão em Sapucaia do Sul e outro, em construção, em Gravataí. Há também um centro de distribuição em Esteio, além de drogarias Carrefour, postos de combustíveis, Carrefour Express e Serviços Digitais. Considerando todas as operações do Carrefour no Estado, já foram investidos cerca de R$ 250 milhões.

Os números das operações gaúchas são destaque: apenas nos hipermercados, o Carrefour emprega 3 mil funcionários. A área de vendas totaliza 52 mil metros quadrados, com mais de 30 mil itens à venda. Mensalmente, são contabilizado cerca de 1 milhão de registros de vendas, e mais de três milhões de pessoas circulam pelas lojas no mesmo período. Entre os produtos mais populares para os gaúchos, vendem-se anualmente mais de 30 milhões de pãezinhos, o tradicional cacetinho, um milhão em meio de litros de leite e mais de 10 mil aparelhos de televisão.

Produtos Regionais

O Rio Grande do Sul é o lugar com mais marcas regionais nos estoques do Carrefour, são mais de 4.000 itens produzidos no Estado. O investimento em produtos da região faz parte da política do Grupo Carrefour de incentivo à indústria local, e da estratégia de adaptação ao mercado, com o objetivo de priorizar as necessidades da região e gostos dos seus consumidores. Com essa ação, o Carrefour apoia mais de 500 indústrias do Estado, que a cada ano ganham uma participação maior no sortimento de produtos Carrefour. Grande parte dos produtos regionais está na área de alimentos, representando cerca de 10% das vendas do segmento em todas as lojas gaúchas. Os produtos estão em destaque na gôndola, com a indicação "Produtos regionais", facilitando a identificação pelo cliente.

Ações Locais

Para estreitar ainda mais os laços com seus clientes, o Carrefour patrocina a Escola do Chimarrão, projeto criado por uma ONG da cidade de Venâncio Aires, a capital nacional do chimarrão. De botas, bombachas e chapéu, o especialista Pedro Schwengber circula dentro de um ônibus onde funciona a escola, que visita as oito lojas do Carrefour no Estado. Ele dá aulas sobre a bebida aos clientes e ensina até 36 maneiras diferentes de preparar o mate. O projeto iniciou em 1998, e já esteve nos hipermercados de São Paulo, Brasília, Goiânia, e deverá ir para outros estados brasileiros. A cada visita da Escola do Chimarrão, são preparados cerca de cinco mil mates, para mais de sete mil pessoas.

Outra ação iniciada no Estado que ganhou visibilidade em todo o País foi o projeto Rotas do Vinho, iniciado na unidade Passo D'Areia. Durante o mês de junho, os consumidores entram em contato direto com as vinícolas, conhecendo mais sobre o vinho e sua fabricação, com orientações sobre os diferentes tipos de uva, harmonizações e dicas de armazenamento. Acompanhado de degustações de queijos e vinhos, o Rotas do Vinho oferece palestras e shows, todos gratuitos. Para 2010, o Carrefour traz mais de mil rótulos, entre produtos nacionais e importados, e oferece entre 20 a 30% de desconto nos vinhos e espumantes.

Conveniência e qualidade para o consumidor

Os clientes contam ainda com a conveniência de uma rede de serviços com a marca Carrefour. São 11 Postos de Combustíveis Carrefour pelo Estado, sendo sete na Capital, que oferecem o serviço de abastecimento com a garantia dos fornecedores Shell, Petrobrás, Esso, Ipiranga e Ale. Logo após o Carrefour comprar cinco postos em áreas estratégicas da cidade, aproveitou a oportunidade para apresentar ao consumidor gaúcho o novo serviço da empresa, acreditando na receptividade da cidade de Porto Alegre.

O Carrefour Express é um formato de loja de conveniência para postos de combustíveis localizados fora de hipermercados. A bandeira tem a proposta de suprir o consumidor de bairro, em regiões onde não há uma loja Carrefour, com oferta de algo entre 800 e 1000 itens e preços abaixo do mercado de conveniência.  Hoje são cinco unidades Carrefour Express, em Porto Alegre, inauguradas em outubro de 2007.

Na área de viagens, o Grupo opera com o Turismo Carrefour para a venda de passagens e pacotes turísticos. As Drogarias Carrefour estão presentes nos sete hipermercados do Estado e oferecem um mix completo de uma farmácia de grande porte com cerca de seis mil itens. Os Serviços Digitais Carrefour também são uma experiência bem-sucedida em Porto Alegre, oferecendo tecnologia de ponta na revelação de fotos.

Crédito ao cliente gaúcho

Lançado em 1989, o Cartão Carrefour é hoje uma das maiores bases do mercado varejista, com mais de 11 milhões de cartões emitidos. Em 2007, iniciou-se a operação Carrefour Soluções Financeiras, uma instituição do próprio Grupo Carrefour para coordenar as ações na área de crédito, e oferecer ainda mais vantagens ao consumidor. Em seguida, foram lançados os cartões Carrefour com as bandeiras Visa e Mastercard e diversas opções de seguros financeiros.

Um dos benefícios para o cliente Carrefour é o programa Descontão, em que os clientes contam com preços exclusivos. Cada dia da semana um setor ou uma categoria diferente com descontos que variam de 5% a 30%. O Carrefour Soluções Financeiras também oferece o PagContas, em que o cliente pode adiar em até 40 dias o pagamento das contas de água, luz, telefone, gás e boleto bancário, sem pagar juros e tarifas. Outro serviço é o Saque Rápido, saques em dinheiro nos caixas eletrônicos da Rede Banco24Horas, com opção de parcelar o pagamento ou pagar em até 40 dias. O Cartão Carrefour também possibilita que os consumidores paguem seus gastos nos Postos de Combustíveis Carrefour em até 70 dias sem juros. Além de oferecer seguros patrimoniais e pessoais.

Responsabilidade Social

O Carrefour também se preocupa com a melhoria da qualidade de vida da população, por isso organiza ao longo do ano diversas ações de responsabilidade social. A empresa oferece aos seus funcionários cursos de formação e acompanhamento de grupos voluntários. No Rio Grande do Sul são 119 voluntários que atendem seis instituições, beneficiando 1500 pessoas.

O Instituto da Criança com Diabetes recebe o apoio do Carrefour no atendimento integral a mais de 1800 aos pacientes com diabetes. Em parceria com o Ministério da Saúde, o Grupo divulga em suas lojas campanhas de saúde como vacinação, doação de sangue e contra a dengue.

O Grupo Carrefour no Brasil


Há 35 anos no País, o Grupo Carrefour é reconhecido como empresa pioneira no mercado varejista. O Brasil é a terceira maior operação do Grupo, que é a maior rede de varejo europeia e a segunda maior do mundo. No total, são mais de 70 mil funcionários, 600 pontos de venda, com 114 hipermercados, 49 supermercados, 61 lojas Atacadão, 376 lojas do Dia%, além de mais 315 pontos de venda de sua estrutura de serviços nos 18 estados onde atua. Os investimentos totais no Brasil foram de R$ 1 bilhão de reais em 2009, e a previsão é de R$ 2,5 bilhões para 2010 e 2011, maior aporte já realizado pela rede no País destinado à expansão orgânica. Destaque nos resultados mundiais do Grupo no último trimestre de 2009, o Carrefour Brasil registrou crescimento de 13,4%, em relação ao mesmo período de 2008. No ano, a operação brasileira acumulou um crescimento de 14%, apresentando resultados positivos em todos os trimestres.

O Carrefour está no Brasil há mais de 40 anos. Pioneiros no varejo, reunimos uma equipe que representa a diversidade do País.    
Com mais de 170 lojas distribuídas pelo Território Nacional, nos relacionamos com milhares de pessoas, diariamente e estamos abertos ao aprendizado mútuo com todos os nossos públicos.
A primeira loja do Carrefour chega ao Brasil em 1975, na cidade de São Paulo, trazendo um novo conceito de varejo, até então desconhecido por aqui - HIPERMERCADO. O novo modelo abria as portas para áreas de consumo amplas, variedade de opções de produtos, com qualidade e a preços justos, além de um atendimento diferenciado e eficaz, capaz de superar as expectativas do cliente. Este padrão se refletiu em receptividade e sucesso imediato da loja. E, em 1976, o mesmo se repetiu no Rio de Janeiro, com a sua primeira unidade no estado, a segunda no país. A partir daí, novas unidades foram sendo abertas em todas as partes do Brasil. Um crescimento inevitável, que resultou na expansão desse modelo em várias regiões do País.


1975 - O Carrefour chega ao Brasil.
1976- Após o sucesso comercial do Hiper mercado em São Paulo, o Carrefour inaugura sua primeira loja na cidade do Rio de Janeiro.
1980 - O Carrefour lança oficialmente o Compromisso Público, documento registrado em cartório que garante o menor preço ou a diferença de volta direto no caixa.
1989- É lançado o cartão de crédito Carrefour. Com o passar dos anos os cartões se tornaram mais um serviço do leque de facilidades oferecido pelo Carrefour.
1993- É aberto o primeiro posto de combustível Carrefour na loja de Santo André.
1998- Carrefour compra 85 lojas no Brasil e implementa o novo modelo de mercados no Brasil, os Supermercados.
1999- É lançado o selo Garantia de Origem, que certifica o processo de plantio, obtenção, transporte e armazenagem de alguns alimentos perecíveis comercializados pelo Carrefour.
2003-É criada a agência de Turismo Carrefour, que oferece diversos pacotes de viagens e serviços, como locação de veículos e seguros.
2006- Lançamento da Linha Viver que é uma linha de produtos saudáveis divididos em seis famílias: Diet, Light, Orgânicos, Funcionais, Soja, Zero.
Em Maio o Carrefour inaugurou os supermercados Carrefour Bairro com presença em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.
2007 - Em maio deste ano é criado o Carrefour Soluções Financeiras cujo objetivo é ofertar serviços e soluções aos clientes no setor financeiro.
Carrefour Express: em agosto deste ano, 05 lojas do formato conveniência foram inauguradas em 5 postos de rua do Carrefour em Porto Alegre (RS).
Em outubro é lançado o Carrefour Connect. Uma parceria inédita entre o Carrefour e a Telefônica que vão instalar, integrar e configurar na casa do cliente computadores, internet, tv, home theater, rede wireless, entre outros.
2009- O Carrefour adquire 10 lojas da rede Gimenes (interior de São Paulo) para o formato Bairro.
2010- Lançamento do E-Commerce: O Carrefour lança a sua grande novidade o E-commerce onde você pode encontrar tudo que você encontra nas lojas do Carrefour em apenas um clique.

Dosul Supermercados

- O Dosul era rede de supermercados que cobria a cidade de Porto Alegre e algumas cidades da grande Porto Alegre.

Dinosul - Hipermercado

- O Dinosul da Rede Dosul de Supermercados, foi o primeiro Hiper de Porto Alegre, da década de 1980, tinha um grande Dinossauro "O Dino" em sua fachada, a loja ficava na Wenceslau Escobar, nº 1286, bairro Tristeza, onde hoje é o supermercado Nacional.

Poko Preço

- Pertencia a rede Dosul, supermercados menores sem estrutura e serviços dos supermercados tradicionais, tinha o diferencial no preço e produtos populares, teve seu momento de febre na cidade.
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Febernati

- Grupo Febernati de Supermercados
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Na década de 1960, o grupo expande seus horizontes. Começa a fase do comércio de gêneros alimentícios. Na antiga fábrica, na Av. Plínio Brasil Milano, é erguido o maior supermercado de Porto Alegre para a época. 

- Nasce os Supermercados Febernati S/A, hoje neste local está o supermercado Carrefour.

- O negócio se expande, são abertas filiais em Niterói (Canoas/RS), em Imbé/RS e Capão da Canoa/RS. 

Após, em 1990, é inaugurada a mais refinada loja da rede, o supermercado do Bairro Petrópolis, na av. Nilo Peçanha, especializado em produtos importados de alta qualidade e baixo preço.

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Fábrica da Volta do Guerino
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O Grupo Febernati teve seu início no Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, localizando sua primeira fábrica na chamada Volta do Guerino, na Av. Plínio Brasil Milano, 2627, no final da década de 1940.


A fábrica tinha como produto principal o aço. Nessa época, foram construídas diversas estruturas metálicas, em diversas cidades do país. Era a fase da metalurgia. Capitais, como Brasília, São Paulo, Florianópolis, Curitiba e outras, foram o palco para o desenvolvimento de galpões de aço, angares, abrigos, etc.

Era a força dos gaúchos moldando o aço no país. Do aço e suas diversas estruturas, surgiram duas fábricas distintas: a fábrica de latas e a fábrica de tanques para petróleo.

Do fundo do solo das grandes cidades, nos postos de gasolina, ao interior dos campos, nas fazendas rio-grandenses, o nome Febernati está gravado no aço, na chapa preta que retém o petróleo que move a economia.
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O grupo foi o maior produtor brasileiro de latas para querosene, tendo lançado, na década de sessenta, a Querosene Jacaré.

O progresso do país e a visão de nosso fundador e atual presidente, Sr. Lauro Febernati, permitiu uma empresa com mais de 1000 (um mil) funcionários e com filiais em São Paulo, Curitiba e duas grandes fábricas no Rio Grande do Sul, uma em Sapucaia do Sul e a outra em Canoas.
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Nas décadas seguintes, a fábrica de latas desenvolveu produtos para a indústria química e de alimentos. Foram fabricadas milhares de latas para empresas como Tintas Renner, Suvinil, Coral, Sanrig, Bauducco, Visconti, etc. Nossos tanques e nossas latas resistem ao tempo e às dificuldades econômicas brasileiras.
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Essa é, em suma, a história do nosso grupo. Um grupo feito de trabalhadores, valentes, que lutam por um país melhor, por um meio ambiente preservado e por uma vida digna e justa. Pessoas que sabem a força que o trabalho tem e do que o ser humano é capaz. Nosso nome está gravado no aço, enterrado nessa terra da qual nos orgulhamos em ter nascido. Nosso nome está gravado no trabalho e na vontade de uma Brasil melhor.
Na década de setenta, o Grupo Febernati também volta sua preocupação para o meio ambiente. È a fase da ecologia. Em 633 hectares, são plantados pinus em um programa de reflorestamento, no Município de Jaquirana/RS. Em 1977, é inaugurado o Pampas Safari – Parque de Criação de Animais Selvagens, o maior safari da América do Sul. Hoje, o parque possui mais de 1.200 espécies de animais da fauna mundial, dentre eles: zebras, camelos, hipopótamos, cervos, lhamas, capivaras, emas, avestruzes, etc.

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Nacional Supermercados

- O Nacional era uma rede de supermercados com sede em Esteio e filiais em várias cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A Central de Distribuição era na cidade de Esteio. O Nacional foi a maior rede de supermercados do estado do Rio Grande do Sul, com 68 lojas, atendia com o mix estruturado e diferenciado lojas em cidades que não tinham serviço satisfatório de supermercado, em sua tática só não atendia a Porto Alegre, o que acabou com a compra de redes que atuavam na capital.


Na década de 1990, começou uma grande expansão adquirindo redes de supermercado como Zottis de Canoas, Real, Dosul e Dinosul de Porto Alegre.
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Foi adquirida pela Sonae no início da década de 2000 e em 2006 a mesma foi adquirido pela rede Wal Mart. No ano de 2008, a rede entrou no estado de Santa Catarina, inaugurando sua loja em Florianópolis. A idéia é que a marca substitua a bandeira Big em todo o estado sulino.
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Real Supermercados

- Os Supermercados Real (também conhecido somente por Real), rede de supermercados fundada em Pelotas, Rio Grande do Sul. Criada e controlada pelo Grupo Josapar, detentores da marca de arroz Tio João, e feijão Biju. Possuia lojas em diversas cidades do interior gaúcho como Pelotas, Rio Grande e Camaquã bem como em Porto Alegre, sendo algumas destas com a bandeira Kastelão que era o seu Hiper.


Foi o primeiro supermercado do primeiro shopping de Porto Alegre o shopping Iguatemi em 1983,


Para Saber:
- Aliás existia uma racharuda na estrutura do shopping e diziam que ele iria cair, pois esta rachadura ficava dentro da loja do Real (atual Nacional) e era possível enfiar a cabeça na rachadura, será?

A rede foi adquirida pela Rede Nacional de Supermercados e posteriormente transformada em supermercados da grupo português Sonae, que controlava os hipermercados BIG.
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Kastelão - Hipermercado

- O Kastelão pertencia a rede de supermercados Real, tinha duas lojas, uma na Av. José de Alencar, no bairro Menino Deus e outra na Av. Teresópolis, no bairro Teresópolis.
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Bonjour

- O Bonjour pertencia a rede de supermercados Real, fazia a linha de supermercados de bairro, atendendo o dia a dia do consumidor, com lojas menores, tinha 4 lojas na av. São Pedro, esquina av. Pernambuco, av. Independêcia, av. Bento Gonçalves esquina av. Princesa Isabel, rua 7 de Setembro esquina João Manoel.
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Zaffari Supermercados

- Eram da mesma família dos proprietários da rede Dosul.

Zottis Supermercados

Em 1972, foi fundada a empresa Supermercados Zottis Ltda., da qual passaram a fazer parte Pedro João Zottis e seus filhos, fundada na cidade de Canoas - RS.
A Empresa se expandiu, chegando a treze filiais entre lojas de Supermercados Zottis e Mobycenter. Empregava 1.500 funcionários, ocupando posição de destaque no setor.
O patriarca da família Zottis, Pedro João Zottis, faleceu em 16 de fevereiro de 1989.

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Moby Center Hipermercado

- A rede Zottis de supermercados com sede em Canoas/RS, atuava em Porto Alegre com uma loja o Moby Center na av. Erico Veríssimo (atual supermercado Nacional) na sua fachada havia uma grande baleia azul, 
Moby Center era o hipermercado da rede, tinha duas lojas, uma em Porto Alegre e outra em Canoas.


O FUTURO

- Apesar dos empresários não parecerem muito preocupados com o futuro das suas empresas, queremos discutir exatamente este ponto. Até porque muitos destes empresários “acreditam” que irão existir por séculos, e isto pouco acontece.

Esta mudança no comportamento das novas gerações precisa ser compreendida pelo empresário. Caso contrário ele pode vir a ser uma nova Mesbla.
Portanto o sucesso no passado não garante de forma nenhuma sequer uma presença no futuro. É preciso que as empresas, principalmente as do varejo que ainda não despertaram para o potencial da Internet, comecem a desenvolver Estratégias Digitais para se relacionar com este público.